Gama-plus: nova variante é identificada em Araguaína, Palmas e outras 13 cidades
Pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) realizaram a identificação e o sequenciamento genético de 36 genomas de Sars-CoV-2 de amostras do coronavírus coletadas em 15 cidades do Tocantins.
Todas as amostras contaram com a presença da variante Gama (antiga P.1 que surgiu em Manaus), de acordo com informe publicado neste mês de agosto pela Rede Corona-Ômica.BR-MCTI. Com esses dados, a UFT é a universidade que mais sequenciou genomas do coronavírus no Tocantins.
“Essas variantes encontradas apresentam novas mutações, sendo a maioria, 25 delas, classificadas como P.1.7 [Gama-plus], 10 como P.1 clássica [Gama] e uma como P.1.2. Esses dados mostram uma disseminação da P1 e surgimento de novas variantes Gama“, explica o pesquisador e professor Fabrício Campos, do curso de Engenharia e Bioprocessos e Biotecnologia do campus da UFT em Gurupi.
A P.1 clássica é aquela que foi identificada inicialmente em Manaus no ano passado. A P.1.7 é a variante que vem sendo chamada de Gama-Plus (P681H), porém, esse termo é criticado pela comunidade científica internacional. Também não há indícios científicos ou epidemiológicos de que ela cause quadros mais graves de Covid-19.
A cepa identificada como P.1.2 é outra mutação da linhagem P1 e foi identificada inicialmente no Rio de Janeiro.
O professor acrescenta que “esses 15 municípios demonstram que há uma dispersão do vírus por todo o estado e isso está relacionado com o número de amostras. Então, em todos esses municípios, temos a circulação da variante Gama e de novas variantes derivadas da Gama, demonstrando que ainda não é o momento de relaxar com as medidas de proteção”.
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As cidades em que as amostras foram coletadas são:
- Araguaína
- Aurora do Tocantins
- Combinado
- Conceição do Tocantins
- Dois Irmãos do Tocantins
- Filadélfia
- Formoso do Araguaia
- Gurupi
- Lagoa da Confusão
- Miracema
- Palmas
- Paraíso do Tocantins
- Porto Nacional
- Rio Sono e
- Santa Maria do Tocantins
A pesquisa foi realizada por meio do Laboratório de Bioinformática & Biotecnologia (Labinftec) da UFT, em colaboração com o Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen-TO).
Fonte: AF Noticias