Tocantins tem 26 municípios que podem enfrentar calor extremo até o fim século; entenda
Um estudo realizado pela Fiocruz em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) trouxe um alerta de que 26 cidades do Tocantins correm risco de atingir calor extremo nas próximas décadas. O estudo aborda o desmatamento da floresta Amazônica e os efeitos das mudanças climáticas em todo país.
Os efeitos desse “estresse térmico” podem ser desastrosos para o meio ambiente e para saúde humana. “A nossa pergunta foi e se a Amazônia se tornasse em uma savana, por qualquer que seja o processo de mudanças climáticas ou por ação antrópica de desflorestamento. Isso impactaria os índices de calor, o impacto humano aonde? É um alerta que isso é um problema que pode e deve nos alcançar em um espaço muito anterior àquele antevisto para o fim do século”, disse o pesquisador do INPE, Paulo Nobre.
De acordo com os pesquisadores, do total de 5.565 municípios brasileiros 16% devem ser atingidos – a maioria na região norte do país. Cerca de 30 milhões de pessoas poderão sofrer com enfraquecimento no sistema de resfriamento corporal, desidratação, exaustão e em casos mais graves o colapso das funções vitais.
Tocantins tem grande incidência solar — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A projeção é para 2100. Os 26 municípios com risco alto ou extremamente alto de impacto do calor na saúde da população são:
- Abreulândia;
- Araguacema;
- Arapoema;
- Bernardo Sayão;
- Caseara;
- Chapada de Areia;
- Couto Magalhães;
- Cristalándia;
- Crixás do Tocantins;
- Divinópolis do Tocantins;
- Dois Irmãos do Tocantins;
- Dueré;
- Fátima;
- Goianorte;
- Juarina;
- Lagoa da Confusão;
- Marianópolis do Tocantins;
- Monte Santo do Tocantins;
- Nova Rosalândia;
- Oliveira de Fátima;
- Paraíso do Tocantins;
- Pau D’Arco;
- Pequizeiro;
- Puim;
- Pugmil;
- Santa Rita do Tocantins.
“A região norte vai ser a região onde esse efeito da diminuição da quantidade de água disponível no solo faz com que a temperatura máxima atinja valores extremos, afetando a saúde humana”, afirmou.
Os efeitos combinados do desmatamento e das mudanças climáticas no Brasil estão sendo relatados com base em dados observacionais desde 2003. Várias áreas da economia podem ser impactadas com a redução da produtividade, como é o caso do agronegócio da produção de grãos, mas dá tempo de reverter tudo isso.
“A floresta funcionando, a floresta integral, ela é necessária para o futuro de toda a sociedade e, portanto deve ser olhada por toda a sociedade, por todas as forças econômicas, politicas e sociais que regem o comportamento social”, disse.
Fonte: G1 Tocantins