Peças artesanais do Tocantins serão expostas em vários países, incluindo EUA, China e Espanha
O artesanato tocantinense marcará presença em cinco eventos de turismo internacional com três peças representativas da arte e da iconografia do Estado, sendo elas uma Mandala de capim dourado, uma boneca Ritxokó Karajá e um tambor de barro.
Conforme o calendário da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o artesanato tocantinense será visto na:
– WTM London (World Travel Market), de 1 a 3 de novembro, em Londres (Reino Unido);
– IMEX America, de 9 a 11 de novembro, em Las Vegas (EUA);
– ITB China, de 24 a 26 de novembro, em Xangai;
– IBTM World, de 30 de novembro a 2 de dezembro, em Barcelona (Espanha); e na
– FIT America Latina, de 4 a 7 de dezembro, em Buenos Aires (Argentina).
“Tenho certeza de que nosso artesanato será muito bem recebido pelos públicos destas cinco feiras internacionais”, enfatiza o presidente da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), Jairo Mariano.
Sobre as peças
Principais expoentes da arte da etnia Karajá, as bonecas Ritxòkò foram reconhecidas como patrimônio imaterial da cultura brasileira em 2012, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Sua confecção envolve técnicas e modos de fazer considerados tradicionais e transmitidos de geração em geração.
O artesanato em capim dourado tem origem indígena, entre o povo Xerente, mas ganhou fama internacional a partir do trabalho dos artesãos do Jalapão. Hoje, é reconhecido como um dos símbolos da cultura tocantinense e destaque nas feiras de artesanato.
O tambor de barro e pele animal tem sua origem no Sudão e foi introduzido na região de Natividade pelos escravizados. A técnica de confecção estava praticamente esquecida, mas foi recuperada graças ao trabalho de pesquisa do artesão e percussionista Márcio Bello, que também atua na transmissão deste conhecimento ancestral.
Salão do Artesanato
O 14° Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras foi realizado no Pátio Brasil, em Brasília, entre 27 e 31 de outubro. O estande do Tocantins contou com peças em capim dourado, madeira, cerâmica, sementes, fibras e outras matérias-primas, produzidas pelos artesãos Edina Martins Borges (Xambioá), José Uriawa Karajá (Lagoa da Confusão), Márcio Bello (Porto Nacional), Josias de Souza Menezes, e artistas representados pelo Centro Cultural Kájre (Goiatins), Associação Dourada (Novo Jardim), Associação das Mulheres Artesãs e Empreendedoras de Lajeado e Associação Dianopolina de Artesãos (Dianópolis). Eles foram selecionados por meio de edital lançado pela Adetuc, que garantiu o transporte das peças e seus responsáveis.
Ao longo de cinco dias de feira, o estande tocantinense comercializou 1.420 peças no local. Outras 1.291 peças foram encomendadas, num total de R$ 86.322,00. O resultado deste trabalho vai beneficiar diretamente 109 artesãos e indiretamente outros 927 artistas.