Em entrevista, Wanderlei revela que estava excluído por Carlesse e fala sobre reeleição
“Eu não gosto de excluir ninguém, mas também não gosto de ser excluído.” A declaração é do governador em exercício Wanderlei Barbosa (sem partido) ao apontar os principais motivos que o levaram a romper politicamente com o governador afastado Mauro Carlesse (PSL).
Em entrevista ao AF Notícias, Barbosa afirmou incisivamente que não caminhará mais com Carlesse por várias razões, mas principalmente pela maneira com que ele vinha sendo tratado no governo.
“Político é aquele que tem voz, que tem agenda. Infelizmente, tiraram minha voz nos ambientes em que ele estava. Sou uma pessoa que sempre lutei para que ele crescesse, para que tivesse bom desempenho. E sempre representei o governo, dando a devida importância para o governo. Ele não queria mais que eu nem falasse junto com ele. Isso foi fazendo com que a gente se afastasse”, explicou.
FORA DA PREFERÊNCIA
Wanderlei Barbosa também revelou que não estava nas preferências de Carlesse para as eleições de 2022.
“Eu não era da preferência do governador afastado, ele deixou claro que o candidato seria ele ou um nome técnico. Então isso já me excluía. Eu não gosto de excluir ninguém, mas também não gosto de ser excluído. Depois desses comportamentos todos comigo, eu resolvi que vou trilhar caminho diferente daquilo que ele ou o grupo político dele pensa”, assegurou.
MAIS MUDANÇAS
O novo governador também sinalizou que ainda fará novas mudanças na composição do seu governo. “Mudança em qualquer governo é normal. Por isso que se diz cargo de confiança. Todo governo que entra tem as suas pessoas de confiança. Se for para melhorar a prestação de serviços, a vida do povo, nós faremos tranquilamente. Não temos perseguição com ninguém. Qualquer mudança é para melhorar a prestação de serviços”, disse.
REELEIÇÃO
Questionado se já estaria de olho na reeleição em 2022, Wanderlei Barbosa afirmou que ainda é muito cedo para tratar de política.
“Todo governador que está no exercício da função pensa nisso [reeleição]. Mas não quero discutir política nesse momento, pois qualquer discussão agora é extemporânea. Estou muito mais preocupado com a gestão e vou fazer gestão com controle, equilíbrio e muito cuidado. Na hora certa nós vamos fazer a discussão política. Se chegar lá e estiver bem politicamente, claro que nós vamos cuidar disso. Eu sou um homem político: fui vereador, fui deputado, fui vice-governador e estou no exercício do governo. Se chegar lá e nosso projeto estiver redondo, você não tenha dúvida! Mas a discussão política precisa ser feita de abril em diante”, finalizou.