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Megaoperação internacional descobre um novo esquema para entrar ilegalmente nos EUA: as famílias de mentira

O tráfico de pessoas é o crime que, só este ano, movimentou R$ 8 bilhões no Brasil, segundo a estimativa da Polícia Federal. A organização, nas duas últimas duas semanas, realizou operações junto com a Interpol em busca de quadrilhas que fazem da imigração ilegal um negócio.

Para fugir da fiscalização, os bandidos mudaram de estratégia e agora estão criando famílias de mentira para facilitar a entrada clandestina de imigrantes nos Estados Unidos.

Fantástico teve acesso com exclusividade a detalhes da investigação, áudios dos criminosos e escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. A reportagem especial é de Mohamed Saigg, Raphael Nascimento e Pedro Figueiredo.

Crianças alugadas. Casamentos arranjados. Famílias de mentira. Estratégias utilizadas por traficantes de pessoas para driblar as novas regras migratórias dos Estados Unidos.

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Criminosos que foram alvo de uma operação internacional da Polícia Federal e da Interpol. Ao todo, 216 pessoas foram presas em 34 países.

Fantástico percorreu quatro estados brasileiros que também foram alvo da Operação Turquesa para ouvir as vítimas e trazer os detalhes dessas investigações.

Você vai ver na reportagem em vídeo acima:

  • Como funcionava o esquema de emissão de passaportes em Mantenópolis (ES) – em um período de dois anos, foram mais de 400 emissões na cidade que tem 15 mil habitantes;
  • história de uma suposta família – formada por um casal e um filho – que decidiu tirar passaportes. Os agentes perceberam que 9 meses antes do nascimento da criança, a mãe estava nos Estados Unidos e o pai no Brasil. O menino foi registrado em Cuparaque – uma pequena cidade de cerca de 5 mil habitantes no interior de Minas Gerais;
  • Quem é, e como age, o chamado “Rei dos Coiotes” . O Fantástico teve acesso a conversas, que mostram a ousadia e a frieza do criminoso – e a criação das famílias de mentira;
  • As pessoas que desciam de um avião com solicitação de refúgio pronta e com casamento arranjado. A situação chamou a atenção da polícia, que descobriu ser uma quadrilha de tráfico internacional de pessoas que trazia imigrantes de Bangladesh para São Paulo. Segundo as investigações, a quadrilha forjava casamentos e uniões estáveis de fachada.
  • tráfico de pessoas com gente da própria família da vítima. E a abordagem fica ainda mais forte em cidades próximas a fronteiras, como no oeste paranaense.

Fonte: G1 – Fantástico