Suspeito de extorsão no caso das cestas básicas foi candidato a prefeito pelo PTB em 2020
O empresário João Coelho Neto, 37 anos, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na operação que investiga extorsão por meio de contrato para fornecimento de 40 mil cestas básicas ao Governo do Tocantins, foi candidato a prefeito no município de Rio Sono, na região nordeste do estado, nas Eleições 2020.
Na ocasião, João Neto estava filiado ao PTB e obteve 1.502 votos (41,4% dos válidos), mas foi derrotado por Itair Martins (DEM), que tirou 2.119 votos.
Naquele pleito, João Neto declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio avaliado em cerca de R$ 3 milhões, incluindo três fazendas, lotes e uma casa de R$ 900 mil em Palmas.
João Neto teve a candidatura lançada na época pelo presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, deputado Antonio Andrade, que era o presidente estadual do PTB.
“Vejo no João Neto todas as qualidades de um bom administrador público, ele é jovem, ele é o novo e vai fazer uma gestão voltada para todos e principalmente para menos favorecidos”, declarou o deputado na época.
João Neto foi o principal alvo da operação deflagrada na última terça-feira (4) pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). Além dele, também foi preso Wolney Max de Souza, conhecido como Rosquinha, que seria um cobrador de aluguel da região de Guaraí.
O contrato das cestas básicas foi assinado no dia 05 de novembro de 2021 pela Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas). No mesmo dia, João Neto teria abordado o empresário para cobrar 50% do valor do contrato. A polícia agora investiga quem seria o mandante da cobrança.
Fonte: AF Noticias