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Profissionais que prestam serviços de UTI Móvel ao Estado denunciam atraso salarial

Profissionais que trabalham na empresa Transcare prestando serviços de UTI Móvel ao Governo do Tocantins denunciaram que estão sem receber salários há mais de dois meses, inclusive os médicos. Conforme os trabalhadores, esses atrasos estão ocorrendo frequentemente com as equipes de Palmas e Araguaína.

Além desse problema, segundo a denúncia, a empresa ainda não teria assinado a Carteira de Trabalho desses profissionais (condutores e enfermeiros).

A Transcare foi contratada pelo Governo do Tocantins para prestar serviços de UTI Móvel terrestre aos hospitais da rede pública, a partir de junho de 2021. Antes, o serviço era prestado pela empresa Alícia (Elisabeth Santos Taveira), que agora cobra uma dívida de R$ 5 milhões da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

A empresa Alícia prestava serviços ao Estado desde 2018 após ter vencido uma licitação. O contrato expirou em 2020 e o então governador Mauro Carlesse fez um aditivo prorrogando por mais um ano, até 19 de junho de 2021. Finalizando o prazo, o governo estadual contratou a Transcare, sem licitação e por meio de requisição administrativa, por um valor que seria 14 vezes superior ao que pagava à Alícia.

VALORES E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO

O Governo do Estado firmou um contrato cheio com a Transcare, ou seja, pagamento por diária de ambulância, utilizada ou não. O valor do contrato é de R$ 113,9 milhões ao ano.

O custo da diária de cada uma das 30 ambulâncias é de R$ 10,5 mil, o que gera uma despesa mensal de R$ 316,5 mil por ambulância e R$ 9,4 milhões pelo conjunto, usando ou não o serviço.

No dia 06 de dezembro de 2021, o governo emitiu uma ordem bancária de R$ 523 mil e outra de R$ 726 mil para o pagamento da empresa Transcare pela utilização de UTIs móveis na Covid-19. O ttal dos pagamentos soma R$ 1,249 milhão.

A TRANSCARE

A reportagem procurou a coordenadora da Transcare para falar sobre os atrasos salariais, porém, a mesma disse que não comentaria nada sobre o assunto.

AF Notícias também solicitou posicionamento ao Governo do Estado e aguarda retorno.

Fonte: AF Noticias