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Bebê que nasceu em Araguaína morre no interior do Pará após tomar vacinas de rotina

“Minha flor que desabrochou no jardim do Senhor. Minha filha tão linda, saudável, perfeita. Sempre falei que minha filha era diferente, que Maria Laura era um ser de luz. 135 dias que você ficou aqui na terra, mas foram os melhores da minha vida, me dediquei, te amei imensamente. Minha eterna Maria Laura da Mata Cardoso”.

É assim que a dentista Gracielly da Mata se despede da pequena Laura, de apenas quatro meses de vida, que faleceu no último domingo (27/02), após tomar as vacinas de rotina em um posto de saúde de Marabá (PA), na sexta-feira (25 de fevereiro). Laura nasceu em Araguaína, mas foi para a cidade paraense onde seus pais moram.

Segundo Gracielly, ela e o marido haviam se mudado há menos de um mês para a cidade paraense por motivos profissionais. A filha estava bem, saudável e foi tomar as vacinas no Centro de Saúde Pedro Cavalcante, onde foram aplicadas duas em uma perna e uma na outra, além de uma em gotas.

Cheguei com a minha filha perfeita, alegre, mamando bem. Foram aplicadas as vacinas e retornamos para casa“, disse. Na sexta, a criança começou a ter febre, o que a mãe achou que seria reação natural da vacina.

Mas no sábado, Gracielly conta que a bebê demonstrou dor na perna em que tomou as duas vacinas e, no domingo, a situação piorou. “A gente não teve orientações de que poderia dar duas vacinas e voltar daqui sete dias para poder dar mais duas, só chegou e foi aplicando. A gente como não tem um conhecimento de como deve ser aplicada essas vacinas, só chega, confia e entrega os nossos filhos“, conta a mãe de Maria Laura.

No terceiro dia, no domingo, a bebê começou a piorar, e a mãe a levou para o Hospital Materno Infantil (HMI). “A minha filha começou a ficar muito molinha, eu gritava, eu chamava ‘Maria Laura fala comigo, fala comigo’. E a minha filha só fechando os olhos e dormindo, como um anjo“, conta emocionada a mãe. Os pais foram comunicados pela equipe médica que a criança tinha falecido.

NA SALA DE VACINAÇÃO

Gracielly comentou que dentro da sala de vacinação aconteceram algumas coisas que ela achou estranho. “No momento a gente não repara, mas foi muito estranho. Uma moça que iria aplicar a vacina chamou outra para aplicar, não se sentiu confiante em aplicar. Houve rasura do lote da vacina, na caderneta da minha filha tem rasura. Colocou um lote, a outra mulher corrigiu, falou que aquele não era o lote certo”, conta a mãe.

“E o líquido que estava na vacina do primeiro lote não foi desprezado, foi aplicado na minha filha. Então, a gente quer saber que vacina é essa, o que tinha nessa vacina que ela somente rasurou o lote e não desprezou o líquido. Por que ela aplicou na minha filha? Será que ela tinha total certeza que aquela vacina era uma vacina que a minha poderia tomar?“, pergunta a mãe inconformada com a perda da filha.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. O casal contratou advogados para tomar as providências cabíveis. A Prefeitura de Marabá ainda não se manifestou oficialmente.

VEJA A ENTREVISTA DOS PAIS DE MARIA LAURA: 

Vídeo
Os pais de Maria Laura estão incorformados.

Centro de Saúde em Marabá onde Maria Laura foi vacinada.

Fonte: AF Noticias