Agora ex-governador, Carlesse se diz vítima de ‘injustiças’ e fala em ‘absoluta inocência’
O agora ex-governador Mauro Carlesse (UB) afirmou que a renúncia do mandato tem por objetivo “apresentar de forma tranquila e serena sua defesa junto ao Poder Judiciário em relação às injustas e inverídicas acusações que lhe foram imputadas”. A carta de renúncia foi protocolada na Assembleia Legislativa na tarde desta sexta-feira (11).
Para Carlesse, a renúncia é “prova não somente de abnegação ao cargo público, mas também de postura voltada à estabilidade política, econômica, fiscal e jurídica para o Estado do Tocantins, marcas dominantes de toda a sua gestão enquanto governador”.
Carlesse foi eleito em 2018 justamente pregando o lema da estabilidade, após a cassação da chapa do então governador Marcelo Miranda (MDB) e Cláudia Lelis (PV), pelo TSE.
O ex-governador afirmou ainda que, com esta atitude, ele busca evitar uma crise institucional decorrente da exposição desnecessária dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado.
Carlesse também diz ter “absoluta confiança no Poder Judiciário, estando mais do que convicto, certo, de que reconhecerá e declarará a sua absoluta inocência, como restará evidente a todos os cidadãos e cidadãs”.
A carta de renúncia será lida na Assembleia Legislativa pelo presidente da Casa, Antônio Andrade, às 17h40 desta sexta-feira (11), horário em que começaria a sessão para a 2ª votação do processo de impeachment.
A renúncia põe fim ao processo de impeachment, porém, Carlesse ainda corre o risco de ter os direitos políticos suspensos até 2030.
O vice Wanderlei Barbosa será efetivado no cargo de governador do Estado.