Data-base de apenas 6% não corresponde à realidade, critica Sintet: ‘situação vexatória’
O funcionalismo público estadual não ficou satisfeito com o anúncio do Governo do Tocantins de conceder data-base de apenas 6% referente aos anos de 2020, 2021 e 2022, pois somente a inflação acumulada no ano passado já supera 10%. O objetivo dessa correção é manter o poder de compra do salário do servidor.
Recentemente, várias entidades enviaram ofício ao governador Wanderlei Barbosa reivindicando a implementação de 14,7296% – percentual acumulado nos últimos três anos.
A última correção salarial concedida ao funcionalismo estadual foi em 2019, no percentual unificado de apenas 1% para todos os Poderes. Desde então, as datas-bases estavam suspensas devido ao estado de emergência decretado em razão da pandemia de Covid-19.
“A gente vê com muita preocupação esse anúncio do governo estadual sobre a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos estaduais de 6%. Nós não podemos concordar com esse reajuste. Só a inflação do período de 2021 é mais de 10%, já a correção do reajuste do piso do magistério para 2022 é de 33,24%, então para nós, esse anúncio pegou a gente de surpresa, e nos causa indignação”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), José Roque Santiago.
De acordo com o texto da Medida Provisória nº 08, são 2% referentes às datas-bases de 2020 e 2021 que não foram implementadas por vedação legal, e 4% da data-base de maio de 2022. O impacto financeiro para os cofres públicos não foi informado pelo Governo do Estado.
A Medida Provisória foi publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (28) e produz efeitos financeiros a partir de 1º de maio de 2022.
“Não concordamos, a situação é vexatória, já estamos praticamente há quase quatro anos sem reajuste, e agora somos surpreendidos com esse percentual de 6% de data-base apresentado pelo governo. Causa-nos constrangimento e indignação”, completou.
O Sintet afirmou que vai reunir a direção para tomar os encaminhamentos junto à base da categoria.
“Esse percentual não contempla nossa realidade da educação, porque não diz a respeito das correções do piso do magistério, tampouco do custo aluno-ano, é um descompasso, esse percentual não só não traz satisfação, como nos causa indignação”, finalizou José Roque.
Fonte: AF Noticias