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Marcelo Miranda diz que não possui obrigação de cobrir dívidas do PMDB: “Eu era governador, não presidente do partido”

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Uma das justificativas dadas pelo presidente do PMDB, Júnior Coimbra, nessa quinta-feira, 29, foi que “todas as dívidas que o partido tem foram deixadas por Marcelo Miranda, quando era governador do Estado, e pelo ex-presidente da sigla Osvaldo Reis”.

“Não sei o que está acontecendo com o Júnior Coimbra. Ele não está bem”, disse Marcelo Miranda ao ser questionado pelo CT, sobre a declaração do presidente.

Marcelo afirmou que “não tinha obrigação” com o diretório do PMDB estadual quando era governador do Estado: “Eu era governador do Estado, não presidente do partido. Não tinha obrigação nenhuma de assumir as dívidas do diretório estadual. Ele [Júnior Coimbra] possui dívidas com fornecedores”, disse.

Ele ainda afirmou que Osvaldo Reis deixou R$ 82 mil em caixa quando deixou a presidência do diretório: “Ele não pode acusar as pessoas que não tem nada a ver com essas dívidas. Precisa falar a verdade e assumir seus atos”.

O ex-governador informou que ainda não foi notificado sobre a decisão liminar que devolveu, nessa quinta, o diretório a Júnior Coimbra. Ele informou que a Executiva Nacional está sobre aviso e deve recorrer.

Entenda
Conforme o levantamento feito pela comissão provisória do PMDB, liderada por Marcelo Miranda, o partido está com mais de R$ 330 mil em dívidas. Ao assumir o partido em março de 2011, Júnior Coimbra teria encontrado em caixa R$ 76.663,85 de repasses do Fundo partidário, R$ 5.995,32 de contribuições e teria recebido até o final de 2011 o montante de R$ 506.167,47, segundo alguns extratos bancários e o próprio diretório nacional teriam comprovado. Coimbra também teria encontrado o partido com cinco notificações da Justiça Eleitoral, que, somadas valem R$ 139.601,22.

Entre as dívidas, as maiores são com locação de carros [R$ 53.933], ações trabalhistas, no valor de R$ 25 mil, e propagandas publicitárias do partido, R$18.503,41.

(Cleber Toledo)