CNI lança chamada para projetos que reduzam gasto com energia na indústria
Segunda fase do Programa Aliança, realizada em parceria com a Eletrobras e a Abrace, destinará R$ 20 milhões em quatro anos para projetos de eficiência energética para 24 plantas industriais
Empresas interessadas em reduzir custos com energia podem participar da chamada pública do Programa Aliança 2.0, que visa aumentar os ganhos de eficiência energética nos processos de produção. A iniciativa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Eletrobras, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), e da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).
Ao todo, serão destinados R$ 20 milhões em quatro anos para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética em 24 indústrias energointensivas – ou seja, que precisam de uma grande oferta de energia para poder funcionar de forma adequada. As empresas selecionadas receberão, cada uma, um aporte de R$ 400 mil e precisarão oferecer uma contrapartida no mesmo valor. Além disso, assumem o compromisso de implementar um plano de ação acordado e construído junto com a equipe técnica do projeto.
Segundo o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, desde 2015, o Programa Aliança desenvolve projetos que tornam os processos industriais mais eficientes e conseguem reduzir significativamente o consumo e os gastos com energia. “E o Aliança 2.0 inova na seleção das empresas: é a primeira vez que será realizada uma chamada pública com o objetivo de expandir o atendimento a empresas de todas as regiões do Brasil”, complementa.
Primeira fase gerou economia de R$ 122 milhões por ano a 12 empresas
Na primeira fase do Programa Aliança, foram atendidas 12 plantas industriais de setores como siderúrgico, químico, cimento e automobilístico. De um total de R$ 198 milhões em oportunidades de redução de consumo identificadas, 61% foram aprovadas e implementadas pelas empresas, gerando uma economia anual de R$ 122 milhões, e em termos energéticos, foi evitado o consumo de 176 GWh (o equivalente ao consumo mensal de quase 1,1 milhão de residências). A maioria dos projetos envolveu a otimização de processos, sem a necessidade de troca de equipamentos.
Segundo a superintendente de Programas de Governo da Eletrobras, Renata Falcão: “O Programa Aliança, devido aos seus diferenciais, representa um marco na atuação do Procel. Entre eles costumo sempre destacar: a apresentação de soluções não só voltadas para sistemas elétricos, mas também para sistemas térmicos; a questão do fortalecimento da cultura da eficiência energética; a aproximação exitosa da universidade da indústria; a atuação sinérgica com os sistemas térmicos e motrizes; a coparticipação das indústrias também em termos financeiros; e a adoção de acordo voluntários.”
Na visão do diretor de Energia da Abrace, Victor iOcca, essa iniciativa mostra-se ainda mais importante no atual contexto de custos crescentes de energia. “Um dos mantras na indústria para ser sustentável e competitiva é produzir mais com menos. Nesta conjuntura, em que os custos energéticos estão exorbitantes, o Programa Aliança 2.0 é uma oportunidade para as indústrias brasileiras trilharem o caminho da eficiência energética”, afirma
Fonte: FIETO