Ícone da TV brasileira, Milton Gonçalves morre em casa aos 88 anos, no Rio de Janeiro
O ator e diretor Milton Gonçalves, ícone da TV brasileira, morreu no Rio nesta segunda-feira (30/05), aos 88 anos. Conhecido por trabalhos marcantes em novelas como “O bem-amado” (1973), “Pecado capital” (1975) e “Sinhá Moça” (1986), ele morreu em casa por volta de 12h30, segundo a família, por consequências de problemas de saúde decorrentes de um AVC sofrido em 2020.
Na ocasião, o ator ficou três meses internado e precisou de aparelhos para respirar.
O ator também venceu preconceitos e lutou pelo reconhecimento do trabalho dos negros, como lembrou o filho e também ator Mauricio Gonçalves.
Nascido em 9 de dezembro de 1933, na pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, Milton Gonçalves fez mais de 40 novelas só na Globo, onde também atuou em programas humorísticos e minisséries de sucesso, como as primeiras versões de “Irmãos Coragem” (1970); “A Grande Família” (1972); e “Escrava Isaura” (1976).
Outros trabalhos de destaque do ator foram as séries “Carga Pesada” (1979) e “Caso Verdade” (1982-1986).
Sua atuação como Pai José na segunda versão da novela “Sinhá Moça” (2006) lhe valeu a indicação para o prêmio de Melhor Ator no Emmy Internacional. Na cerimônia, apresentou o prêmio de Melhor Programa Infanto-juvenil ao lado da atriz americana Susan Sarandon. Milton foi o primeiro brasileiro a apresentar o evento.
A última novela que o ator Milton Gonçalves participou na TV Globo foi “O Tempo Não Para” (2018), quando interpretou o catador de materiais recicláveis Eliseu.
Ainda criança, Milton se mudou com a família para São Paulo, onde foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico. Ele fez teatro infantil e amador. Sua estreia profissional acorreu em 1957, no Arena, na peça “Ratos e Homens”, de John Steinbeck.
Junto com Célia Biar e Milton Carneiro, Gonçalves formou o primeiro elenco de atores da Globo. Ele chegou à emissora a convite do ator e diretor Otávio Graça Mello, de quem fora companheiro de set no filme “Grande Sertão” (1965), dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira.
Fonte: AF Noticias