Clube desaparece com assoreamento gigante que ameaça o Lago Azul, em Araguaína
O famoso Lago Azul se tornou o principal cartão postal de Araguaína após a construção da famosa Via Lago, porém, sua beleza está sendo ameaçada por um gigantesco desastre ambiental causado pelo assoreamento de seus afluentes.
O problema já resultou no desaparecimento de um clube que era bastante frequentado na cidade.
Implantado há cerca de quatro anos às margens do lago, o espelho de água do City Park ficou completamente aterrado devido ao impacto do assoreamento, principalmente do córrego Tiúba, que desagua no rio Lontra, formando o Lago Azul. O local era muito convidativo para passeios de jet skis, mas agora só se vê muita areia.
VEJA:
A região sempre recebeu muita enxurrada de vários setores, como bairros São João e Coimbra, e outros que estão no percurso dos córregos Tiúba e Baixa Funda. O antigo buracão do Detran, na Avenida Filadélfia, também agravou ainda mais a situação do assoreamento. Imagens de satélite mostram o agravamento do assoreamento.
De acordo com moradores da região, desde o esvaziamento do lago em novembro de 2011 para obras na Usina Corujão, o nível do lago nunca mais voltou ao que era antes, ficando um metro e meio abaixo.
“A cada ano a situação do assoreamento fica pior. Por exemplo, debaixo da ponte Anjo Gabriel, antes descia um pouco de água e hoje virou uma estrada. Não estamos vendo a prefeitura fazer algo para resolver o problema, mesmo tendo anunciado no ano passado que investiria milhões”, disse um morador.
Em dezembro de 2021, a Prefeitura de Araguaína divulgou que conseguiu captar R$ 25 milhões em emendas parlamentares, dos quais R$ 19,7 milhões já estariam empenhados para a recuperação ambiental da região esse ano.
O que diz a Prefeitura?
A Prefeitura de Araguaína informou que a obra para conter o assoreamento dos córregos Baixa Funda e Tiúba está em processo licitatório e será realizada no próximo semestre. Já o desassoreamento do Baixa Funda tem convênio assinado e, atualmente, passa por aprovação do Governo Federal, que tem até julho para avaliar.
Parte da areia levada pela água até o Rio Lontra será reintegrada na região para canalização total dos córregos. Além disso, as obras irão proporcionar o surgimento de uma avenida como a Marginal Neblina, ao longo da canalização do Córrego Baixa Funda. A via contará com infraestrutura completa, como calçadas, iluminação, arborização e sinalização.