Estado

Duas obras de Niemeyer completam o acervo arquitetônico do Tocantins

Divulgação

O Tocantins é um dos estados que foram beneficiados pelas obras desenhadas pelo mago da arquitetura Oscar Niemeyer. A população do Estado amanheceu enlutada com a morte do arquiteto aos 104 anos de idade. Seu falecimento foi lamentado pelo Governador Siqueira Campos.

Duas obras de Niemeyer estão presentes em solo tocantinense e orgulham a comunidade. Ambas, mostram a faceta comunista do arquiteto que contribuiu para a evolução da arquitetura mundial.

A mais famosa está localizada em Palmas. Trata-se do Memorial Coluna Prestes, um dos monumentos que completam o aparato arquitetônico da Praça dos Girassóis, construído sobre o Centro Geodésico do País. O Memorial, que traz os traços únicos do “Mestre da Arquitetura”, é um dos principais centros culturais do Tocantins. Lá, um pouco da história da Marcha é contada. Em seu acervo estão expostas fotografias, documentos e objetos pessoais doados pela família de Luiz Carlos Prestes, além de duas armas que pertenceram aos comandantes do movimento e a única fotografia que reúne todas as lideranças do movimento.

Já a segunda, conhecida como Monumento pela Passagem da Coluna Prestes, está localizada na BR 010, entre Arraias e Campos Belos, na divisa do Tocantins com Goiás. É uma obra estruturada em concreto armado, com 15 metros de altura, projetada por Niemeyer em 1996, e que ao seu lado encontra-se uma placa de bronze afixada a um pilar de concreto com a inscrição referente à Marcha. Este monumento representa o caminho da Grande Marcha Revolucionária, comandada por Prestes, que atravessou o Brasil de sul a norte e de leste a oeste.

A Coluna Prestes é o episódio culminante do movimento militar, desencadeado nos anos 20 e conhecido como tenentismo. Os rebeldes lutavam por um programa liberal e moralizante em oposição à política café-com-leite de São Paulo e Minas Gerais. Sonhavam em acabar com as fraudes e desmandos que desmantelavam a República Velha. Oscar Niemeyer era amigo de Luiz Carlos Prestes, líder do movimento.

(SECOM)