Megaoperação da PF e CGU mira fraude na Saúde do Tocantins que teria desviado R$ 46 milhões
A Polícia Federal deflagrou uma megaoperação nesta terça-feira (13/9), juntamente com a Controladoria Geral da União (CGU), visando aprofundar as investigações relacionadas à fraude na contratação de empresa de engenharia para execução de serviços de manutenção corretiva e preventiva em hospitais e anexos de atendimento ao público realizada pela Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins, entre os anos de 2020 a 2022.
Cerca de 60 policiais federais cumprem 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Tocantins.
Conforme a PF, a investigação teve início a partir de indícios levantados pela Controladoria Geral da União de que houve fraude na licitação, além da apresentação de elementos indicativos de sobrepreço e superfaturamento nos valores pagos à empresa contratada pelo Estado.
De acordo com as investigações, o prejuízo causado aos cofres públicos estaduais pode chegar a R$ 46 milhões. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação e peculato, que somados podem chegar a 16 anos de reclusão e multa.
GESTÃO ANTERIOR
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) confirmou que recebeu diligência da Polícia Federal em sua sede, em busca de material a ser utilizado na elucidação de investigações relacionadas à gestão anterior da Pasta.
A Secretaria da Saúde afirmou que está à disposição dos órgãos investigativos e de controle, para a apuração dos fatos, uma vez que a atual gestão preza pelo bem do erário público e zela por uma Saúde de qualidade para a população tocantinense.
CANAIS DE DENÚNCIA
A Polícia Federal disponibiliza o e-mail [email protected] e a conta Whatsapp (63) 32365422 para o recebimento de denúncias e outras informações referentes aos fatos, além do serviço de plantão na própria Superintendência Regional no Tocantins.
NOME DA OPERAÇÃO
Operação Babilônia – O nome da operação remonta ao local da antiga mesopotâmia, onde foram construídos os Jardins Suspensos da Babilônia. As apurações indicam ausência de prestação de serviços, como o de jardinagem, pela empresa investigada, apesar de haver vultuosos pagamentos para essa finalidade.