Com estradas precárias, estudantes de várias aldeias indígenas estão há um mês sem assistir aulas
A anciã Maria de Jesus Apinajé denunciou ao Instituto Indígena do Tocantins (INDTINS) que seus netos estão há um mês sem assistir aula por conta da precariedade das estradas de acesso à sua aldeia, Boi Morto, na região norte do estado.
A comunidade fica a cinco quilômetros da Escola Estadual Indígena Mãtik, localizada na aldeia São José, onde os estudantes cursam o ensino médio. Lideranças da aldeia Bacaba relataram que estão passando pelos mesmos problemas. As estradas da aldeia Serrinha também estão quase intrafegáveis.
Por meio de vídeo, enviado ao INDTINS, Maria de Jesus Apinajé clama ao Poder Público pela recuperação das estradas.
“Eu tô querendo que você manda o trator para acertar a estrada, a estrada tá feia! Buraco, a chuva estragou muito a estrada e os alunos não estão estudando, são meus netos que estão estudando no São José, eles não estão nem estudando e já tá um mês! (sic)”, clamou a indígena.
Para garantir o reparo nas estradas e o reestabelecimento do transporte escolar, no dia 28 de fevereiro, o INDTINS registrou a denúncia junto à ouvidoria do Ministério Público do Tocantins (MPE-TO). Além de enviar ofícios às secretárias da Educação (Seduc), das Cidades e Infraestrutura (Seinf) e dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot).
Denuncie ao INDTINS
Desde 2021, o Instituto recebe denúncias de violação dos direitos indígenas e as encaminham para a Justiça Estadual, Defensoria Pública e à imprensa. Desde então já foram denunciadas situações de descaso com a saúde como a morte das bêbes Utai Kuheraru Iny e Thamyrys Txiwenona Karajá que faleceram sem receber o atendimento médico devido.
Para fazer uma denúncia ao INDTINS, basta preencher um formulário online. Não é preciso se identificar.
Fonte: AF Noticias