Por causa do excesso do uso de eletrônicos, saúde visual das crianças pode estar piorando
Miopia e Síndrome da Visão de Computador são alguns dos possíveis problemas
No mundo onde adultos e até as crianças estão mais conectados a dispositivos eletrônicos, as brincadeiras de criança agora têm outros formatos e a maioria já é realizada virtualmente, mas não é só para brincar que elas usam os smartphones, tablets e televisores. Hoje os próprios pais logo compram eletrônicos para facilitar a comunicação com os pequenos, ajudar nos estudos e até entretê-los na correria do dia a dia. O resultado é o excesso do uso de telas que pode causar danos à visão, especialmente no caso das crianças menores.
O excesso de telas e outros fatores têm sido associados a uma epidemia de miopia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, metade da população mundial será míope, cenário que inclui as crianças. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre uso de tela: deve ser evitada nos 2 primeiros anos de vida. Dos 2 aos 5 anos no máximo 1 hora, entre 6 e 10 anos no máximo 2 horas e dos 11 aos 18, máximo 3 horas. Se falando exclusivamente do tempo, é claro que o conteúdo deve ser sempre monitorado.
A médica oftalmologista do Hospital de Olhos, Dra. Ana Beatriz Dias alerta para os sintomas que as telas podem causar na saúde ocular. “A criança pode sentir embaçamento visual, visão dupla, vista embaralhada, sensibilidade à luz, dor, ardência e ressecamento dos olhos. Quando isso se prolonga, os danos podem ser permanentes para a saúde dos olhos. Além de problemas como alteração de comportamento, déficit de atenção e aprendizado, problemas emocionais, entre outros”, explica a especialista. Segundo ele(ela), de tão comum que isso se tornou, a combinação de alguns desses sintomas, associados ao excesso de telas, ganhou até nome: trata-se da Síndrome da Visão de Computador (SVC).
A OMS aponta que 8% das crianças de até 10 anos de idade apresentam alteração na visão, a porcentagem alcança 15% entre os adolescentes de 15 anos de idade. Ainda segundo a oftalmologista, por se tratar de crianças, os pais precisam redobrar a atenção já que muitas vezes elas não sabem como dizer que algo não vai bem e, como na maioria dos problemas de saúde, o ideal é que se procure ajuda médica o mais cedo possível também quando se trata da saúde dos olhos . Isso pode evitar que a doença evolua.
Fonte: Precisa Assessoria