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Servidor público e esposa são indiciados por abastecer comércio ilegal de munições em Araguaína

Um servidor público de 51 anos, e a esposa foram indiciados pelo crime de comércio ilegal de munições em Araguaína. O inquérito policial que apurava o caso foi concluído nesta terça-feira (18/7) pela 2ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (2ª Denarc).

O delegado-chefe da unidade, José Anchieta de Menezes Filho, afirmou que os indiciamentos são resultado de um minucioso trabalho investigativo onde ficou comprovado que o servidor comercializava grande quantidade de munições e de forma indiscriminada, vendendo para quem o procurasse e demonstrasse interesse na compra. “Além disso, ele também mantinha uma oficina anexa à própria residência, onde comercializava peças de veículos automotores de origem criminosa”, disse o delegado.

Início das investigações

Segundo a polícia, as investigações sobre o crime foram iniciadas em junho de 2020, quando as equipes da 2ª Denarc prenderam um casal por tráfico e posse ilegal de munições.

Com aprofundamento das investigações, os policiais civis descobriram que o homem preso fazia parte de uma facção criminosa e havia adquirido munições de uma terceira pessoa. Desse modo, as investigações foram aprofundadas e identificou o servidor público como sendo o fornecedor de munições de calibres variados para uma extensa gama de compradores de Araguaína.

Mais de 500 munições

Após a identificação do possível vendedor de munições, o delegado José Anchieta representou junto ao Poder Judiciário por um mandado de busca e apreensão na residência do servidor público, onde foram localizadas mais de 500 munições intactas de calibres diversos, além de um motor roubado de uma motocicleta e uma moto de propriedade do servidor, mas que estava com motor que pertencia a outro veículo.

Na oportunidade, os policiais civis também apreenderam peças de armas, além dos veículos que eram de origem criminosa, restando demonstrado que o servidor público, com o conhecimento e ajuda de sua esposa, estava comercializando munições de forma contumaz há muito tempo na cidade e também estava vendendo peças de veículos.

Indiciamentos

Com base nas investigações, o inquérito foi concluído com o indiciamento do servidor público pelos crimes de comércio ilegal de munições e também receptação, uma vez que ele não conseguiu comprovar a origem dos bens apreendidos durante a operção policial. A esposa dele também foi indiciada pelo crime de comércio ilegal de munições, uma vez que tinha conhecimento e auxiliava na venda dos projéteis, conforme foi comprovado durante as investigações.

Desse modo, com o encerramento das investigações, o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário com vistas ao Ministério Público Estadual para a adoção das medidas legais cabíveis.

Para o delegado Anchieta, os indiciamentos são de suma importância, uma vez que durante muito tempo, o investigado promoveu a comercialização de centenas de munições, sendo que muitas delas foram parar nas mãos de criminosos e podem ter sido utilizadas em vários tipos de crimes, inclusive homicídios, em Araguaína.

“As investigações da Polícia Civil demonstraram cabalmente que se tratava de um comércio ativo e que era praticado há muito tempo, onde o investigado, com a ajuda da esposa, vendia munições de forma indiscriminada para qualquer pessoa que o procurasse o que sem dúvida abastecia também criminosos nas prática delituosas na cidade. Desse modo, com  a conclusão do inquérito, espera-se que os dois autores sejam condenados pela Justiça e possam responder pelos crimes que cometeram”, disse o delegado Anchieta.

Fonte: AF Noticias