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Acesso a linhas de crédito pode ser a salvação para micro e pequenas empresas, mas requer cautela

Especialista contábil alerta sobre os riscos e a importância de uma análise criteriosa na busca por empréstimos para evitar armadilhas financeiras

O Brasil tem cerca de 20 milhões de empreendimentos, desse montante, 70% são micro e pequenas empresas, segundo uma pesquisa realizada pela Empresômetro. Apesar de serem a maioria dos negócios no país, o IBGE aponta que mais de 70% delas fecham antes dos dez anos de atividade. As causas dos fechamentos são inúmeras, mas entre as medidas que podem remediar e até impedir uma falência iminente está o acesso a linhas de crédito.

O problema é saber quando um empréstimo, por exemplo, é realmente uma boa ideia. Para não errar, é preciso fazer uma análise dos riscos que envolvem a solicitação de crédito, como taxa de juros, se algum bem será dado como garantia e o que pode acontecer com a empresa em caso de inadimplência. Também é importante fazer uma análise bem realista da necessidade do crédito para o negócio, além de um planejamento detalhado em relação ao pagamento, lembrando sempre que imprevistos acontecem e que a dívida não deixa de existir por isso.

A dica de ouro é contar com o apoio de um profissional na hora de acessar alguma linha de crédito. Para o especialista contábil da Pactus Contabilidade, Thyago Andrade, sem um estudo financeiro, o que devia ser uma ajuda, pode até piorar a situação. “As parcelas a serem pagas não podem comprometer a estrutura financeira do negócio, porque a dívida pode virar uma bola de neve e ficar ainda mais difícil do negócio prosperar”, alerta. Ele ainda reforça que o empresário precisa conhecer bem cada uma das opções de crédito, suas vantagens, desvantagens, carências, etc.

De acordo com o contador, uma linha de crédito que merece atenção é o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Nessa linha, o limite de crédito é de até 30% do faturamento anual da empresa, a contratação é mais rápida e a taxa de juros menor, já que o governo federal respalda as instituições financeiras em caso de inadimplência do contratante. Só nos primeiros 11 dias desse mês, os bancos concederam R$ 1 bilhão via Pronampe.

Fonte: Precisa Assessoria