Resultados das últimas eleições mostram quem é quem na agitada corrida pela Prefeitura de Palmas
A avaliação do cenário político na Capital desde 2012, quando se firmaram os principais nomes que hoje estão na pré-corrida pela Prefeitura de Palmas em 2024, nos permite chegar a várias possíveis conclusões. Quem está em ascensão, em queda ou estagnado na preferência do eleitor? Então vamos aos números das últimas eleições para uma análise puramente matemática.
Dos nomes melhores pontuados nas recentes pesquisas divulgadas, a deputada estadual Janad Valcari (PL) é a que acumula o maior crescimento nas urnas. O ex-prefeito Carlos Amastha (PSB) estagnou, enquanto Eduardo Siqueira Campos (UB) viu seu eleitorado diminuir drasticamente.
Vale ressaltar que o levantamento traz os nomes de Tiago Andrino e Márcio Reis, que não são pré-candidatos a prefeito, mas a votação deles reflete o tamanho da musculatura política de Amastha e Vanda Monteiro, respectivamente (tabela completa ao final da matéria).
Eduardo Siqueira Campos e Junior Geo
A análise é simples. Para um candidato que tem sua base na Capital, a votação em seu reduto eleitoral precisa se destacar em relação aos demais municípios.
Após ficar alguns anos sem concorrer a cargos eletivos, Eduardo Siqueira Campos foi eleito deputado estadual em 2014. Na ocasião, obteve 28.841 votos, sendo que deste total apenas 4.283 foram em Palmas (pouco mais de 15%). Seu desempenho o colocou somente como o 8º mais votado na Capital, com 3,39% dos votos válidos.
No mesmo pleito, por exemplo, o Professor Júnior Geo foi o segundo mais votado em Palmas, apesar de não ter sido eleito. Dos 7.475 votos totalizados, 5.591 saíram de Palmas, o que corresponde a quase 70% da votação obtida.
Na eleição subsequente, em 2018, Eduardo Siqueira reduziu ainda mais sua base eleitoral em Palmas, mas ampliou espaço no interior do estado, apesar de ter perdido 10.890 votos em quatro anos como deputado estadual, saindo de mais de 28 mil para 17.951.
Voltando a atenção para Palmas, Eduardo obteve somente 2.184 votos em 2018, sendo o 12º no ranking da capital, a cidade onde foi prefeito no início do Estado. O restante da votação veio do interior do Tocantins.
No mesmo ano, dos 10.944 votos que o Professor Júnior Geo recebeu para ser eleito deputado, ele conseguiu manter seus quase 70% dentro de Palmas: 7.408 votos.
Carlos Amastha
Em 2012, na eleição que o projetou no cenário político, Amastha foi eleito prefeito da capital com 59.680 votos. Em 2016, foram 68.634 em sua reeleição. Porém, a ascensão não se consolidou nas eleições de 2018 para o Governo do Estado. Na teoria, o prefeito que renunciou ao cargo em busca do Palácio Araguaia teria amplo apoio dos palmenses, mas não foi essa a realidade. O número de votos em Palmas, mesmo que na disputa de um cargo diferente, caiu. Foram 51.465 contra 54.045 de Mauro Carlesse, o governador eleito na época.
O fenômeno de sua primeira campanha não passou nem perto de se repetir em 2022, quando a disputa foi para senador. Na capital, foram apenas 31.052 votos. Amastha foi apenas o 3º mais votado, totalizando 100.649 votos em todo o estado.
Janad Valcari, Vanda Monteiro e Ricardo Ayres
Dos pré-candidatos analisados, a que apresenta a maior evolução numérica dentro de Palmas é Janad Valcari, considerando sua pouca trajetória política. Ela passou de 2.083 votos, em 2020, quando foi eleita vereadora, para 13.444 votos, somente dentro da capital, logo na primeira disputa ao cargo de deputada, em 2022, quando conseguiu 31.587 votos no total, sendo a segunda mais votada no Estado, ficando atrás apenas do filho do governador, deputado Léo Barbosa.
Vanda Monteiro (UB) e Ricardo Ayres (Republicanos) também ampliaram seus votos na capital, porém, de forma mais tímida. Vanda saiu de 1.784, em 2016, para 5.374 (2018), 11.079 (prefeita – 2020) e 7.325 (deputada – 2022), porém, conseguiu transferir apenas 1.189 votos para o marido (Márcio Reis) na eleição para vereador de Palmas em 2020. Já Ayres foi de 1.233 (2014) para 3.235 (2018) e 6.124 em 2022.