Prêmio de melhor equipe de endemias do Tocantins é destinado ao laboratório de Araguaína
Araguaína recebeu o prêmio de melhor equipe de Laboratório de Endemias e Entomologia do Tocantins por cumprir todas as exigências da rede de controle de qualidade laboratorial e alcançar as produções técnicas mensais. Nas práticas laboratoriais, Araguaína é referência na identificação de larvas e pupas de Aedes aegypti, escorpiões e triatomíneos, nome científico dos bichos barbeiros, transmissores da Doença de Chagas.
“Ficamos felizes com o prêmio, pois é uma forma oficial de autenticação de qualidade comprovando que o nosso laboratório está dentro dos critérios e das exigências recomendadas”, disse o superintendente da Vigilância em Saúde, Eduardo Freitas.
A premiação foi concedida pelo Laboratório Estadual de Entomologia Médica, no último dia 23, em Palmas, durante a VII Reunião Anual de Avaliação da Rede de Laboratórios Entomoparasitológicos do Estado do Tocantins.
O órgão estadual realiza a avaliação do município anualmente por meio dos relatórios e a rotina das atividades laboratoriais. Ainda durante o evento, os laboratoristas municipais Ângelo Marcios dos Santos Ferreira, Elizandra Barbosa Resende e Vanessa de Sousa e Silva receberam menção honrosa em reconhecimento das atividades de excelência prestadas.
Como funciona o trabalho de investigação epidemiológica?
Na cidade, os ACE (Agentes de Combate às Endemias) visitam as casas a cada dois meses e, nesta rotina, é realizada a sensibilização da comunidade acerca da importância de detectarem os insetos transmissores de doenças e o devido fluxo de encaminhamento deles para a identificação e exames específicos.
Aliado à rotina dos ACE, os ACS (Agentes Comunitários de Saúde) também realizam essa sensibilização dentro das visitações. Além da parte técnica, os ACE e ACS repassam orientações à população sobre como lidar com cada um dos animais.
“Nós fazemos um trabalho de conscientização na zona urbana e rural, pedindo que os moradores fiquem atentos à presença desses animais. A orientação é evitar pegar os insetos sem proteção nas mãos e armazená-los em potes devidamente fechados, e não colocar nada de líquido dentro desse pote”, informou a médica veterinária e responsável pelo Laboratório Municipal de Entomologia de Araguaína, Ketren Carvalho.
Segundo dados do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), 25% dos barbeiros examinados estão infectados pelo protozoário causador da Doença de Chagas. Os últimos casos registrados em Araguaína foram em 2019 e a transmissão, segundo o CCZ, teria ocorrido por meio da ingestão de um alimento contaminado, a bacaba. Após investigação epidemiológica, foram sete casos detectados.