Falsos diretores do BNDES deram golpe de R$ 1 milhão em procuradora aposentada do TCE-TO
Os três homens que se passavam por diretores de grandes bancos para aplicar golpes milionários em empresários e fazendeiros causaram um prejuízo de R$ 1 milhão a uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO). Foi justamente esse caso que levou a polícia a desvendar todas as fraudes cometidas pelo grupo.
Segundo informações da Polícia Civil de Goiás (PCGO), os investigados andavam bem vestidos e se reuniam em hotel de luxo da capital goiana para convencer as vítimas.
Os suspeitos Girlandio Pereira Chaves, de 49 anos, e Gilberto Rodrigues de Oliveira, de 54 anos, foram presos na última sexta-feira (9/2), em Goiânia, de forma preventiva. O terceiro suspeito, identificado como Luciano Oliveira Gomes, é procurado pela polícia.
Os dois são investigados por se passarem por diretores de grandes bancos, principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para enganarem fazendeiros e empresários com a proposta de liberação de empréstimos multimilionários a troco de uma porcentagem como comissão. Para as convencerem, os estelionatários marcavam encontros com as vítimas em espaços sofisticados, e sempre se vestiam de forma requintada.
Segundo a PCGO, há evidências de que o trio pratica esse tipo de golpe desde 2018. Os suspeitos eram discretos e não mantinham redes sociais.
As investigações começaram em dezembro de 2023, após uma fraude na qual uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO) amargou prejuízo de R$ 1 milhão.
A procuradora buscava um empréstimo de R$ 15 milhões e, segundo a polícia, para passar a impressão de que o valor seria pago, os homens entregaram a ela uma bolsa cheia de dólares falsos e fugiram com o dinheiro verdadeiro.
A polícia encontrou a bolsa cheia de dinheiro falso. No entanto, Gilberto foi encontrado com apenas R$ 39,1 mil em espécie. Os valores foram apreendidos.
Fora isso, as investigações também descobriram que existia um mandado de prisão em aberto contra Girlandio, aberto pela Justiça do Espírito Santo, de onde ele fugiu em maio de 2016, após ter sido beneficiado com uma progressão de pena para o regime aberto por um crime de roubo qualificado.
Até o momento, a PCGO identificou sete vítimas, as quais tiveram prejuízo de mais de R$ 4,7 milhões. No entanto, as investigações indicam que os fraudadores teriam feito inúmeras outras por todo o país.
Em maio de 2023, o então presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, formalizou ao ministro da Justiça e Segurança Pública da época, Flávio Dino, denúncia sobre as fraudes.
Todos envolvidos nos crimes tinham registros criminais anteriores, das mais diversas naturezas. Agora, eles devem responder por estelionato e associação criminosa.
Com informações do site Metrópoles.
Fonte: AF Noticias