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Moradores reclamam de água com ‘cheiro de esgoto’ em Palmas; deputada aciona empresa

Desde o início da semana, moradores de diversos bairros de Palmas estão sofrendo com a má qualidade da água que sai das torneiras. No Jardim Aureny IV, uma dona de casa relatou que a água está com mal cheiro e imprópria para o consumo.

Nesta quarta-feira (2/10), a presidente da Comissão de Meio Ambiente, Turismo e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), deputada estadual Claudia Lelis (PV), protocolou um requerimento em regime de urgência solicitando que a empresa BRK Ambiental, responsável pelo abastecimento de água em Palmas, esclareça a situação envolvendo a qualidade da água fornecida aos consumidores.

A parlamentar relatou que, nos últimos dias, moradores estão reclamando de odor desagradável, comparado a cheiro de esgoto, e sabor estranho na água distribuída em várias regiões da capital. A situação tem gerado grande preocupação entre os consumidores, que dependem da água para suas atividades diárias, como cozinhar, beber e tomar banho. Muitos relataram sentir coceiras e outros desconfortos após o uso da água e em algumas áreas, como a região sul de Palmas, filas imensas têm se formado em estabelecimentos que vendem galões de água mineral, com centenas de unidades vendidas diariamente desde o início do problema.

Diante da gravidade do cenário, Claudia Lelis solicitou que a BRK compareça à Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, na próxima semana, para prestar esclarecimentos urgentes sobre as causas e soluções para esse problema que afeta diretamente a saúde e o bem-estar da população.

“A população precisa de respostas claras e imediatas. Estamos enfrentando uma grave crise climática, e a empresa precisa se preparar para esta situação e não podemos admitir que a água, um recurso essencial, seja fornecida em condições inadequadas”, declarou a parlamentar.

O que diz a BRK?

Em nota, a BRK explicou que que devido à estiagem prolongada, o volume de água do Ribeirão Taquarussu Grande, manancial onde a empresa capta água para tratamento, reduziu drasticamente e, com isso, juntamente com a água bombeada veio uma quantidade de vegetação.

“Tal fato pode ocasionar alterações na água distribuída, porém não afeta os critérios de potabilidade, não causando prejuízos à saúde pública. A empresa imediatamente alterou o processo de tratamento da estação, adaptando às condições da água captada”, disse a nota.

Segundo a BRK, a previsão é que o serviço fosse normalizado nessa terça-feira, 1º de outubro, porém, os moradores continuam reclamando do problema.

Fonte: AF Noticias