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Ação Civil Pública cobra estruturação do CAPS Infantil de Araguaína e prevê multa de R$ 100 mil para descumprimento

20150307095814_mpeA 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína (TO) ingressou com Ação Civil Pública nesta sexta-feira, 06, contra o Estado do Tocantins em razão das péssimas condições estruturais do Centro de Atenção Psicossocial para a Infância e Adolescência (CAPS Infantil) do município.

A promotora Araína Cesárea Ferreira dos Santos D’Alessandro relata na ação que desde janeiro de 2014 o Ministério Público vem acompanhando a situação do CAPS, após diligências realizadas na instituição, que atende crianças e adolescentes comprometidas com algum tipo de sofrimento psíquico.

Segundo o Ministério Público, entre as irregularidades encontradas está o fato de que o prédio funciona nas mesmas dependências do CAPS II, destinado ao atendimento de adultos com problemas mentais, além do espaço físico insuficiente para atendimento individual, falta de mobiliário, internet, janelas e sanitários quebrados, lâmpadas queimadas, entre outros problemas.

“Considerando que o desparelhamento do CAPS infantil tem se estendido ao longo do tempo e que as medidas administrativas adotadas pelo Ministério Público não surtiram efeito, uma vez que o Estado do Tocantins continua inerte, não restou alternativa senão buscar o Judiciário para assegurar o direito das crianças e adolescentes dessa comarca que necessitam de atendimento psicológico e psiquiátrico”, comentou a Promotora de Justiça.

Conforme o MPE, A ação pede que o Poder Judiciário determine ao Estado do Tocantins, até o final do primeiro semestre de 2015, a estruturação do Centro de Atenção Psicossocial para a Infância e Adolescência, bem como a alocação do Centro em estabelecimento adequado à finalidade, com o número de profissionais e aparato técnico e físico suficientes para a realização de todas as atividades exigidas.

A multa proposta em caso de descumprimento da determinação judicial é de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

(AF Notícias)