Advogada é flagrada tentando entrar em presídio de Palmas com celulares escondidos dentro de TV
Uma advogada foi levada à delegacia nesta quarta-feira (13) após ser flagrada tentando entrar na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Palmas com celulares e carregadores. De acordo com Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), os itens estavam escondidos dentro de uma televisão que seria entregue para um preso que é cliente da suspeita.
O órgão não informou o nome da advogada. Disse que após o aparelho ser passado pelo Raio-X, “foi verificado que continha objetos ilícitos”. Trata-se de quatro celulares e quatro carregadores e uma serra, que foram apreendidos por agentes penitenciários.
Após o flagrante, a advogada e os materiais foram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que ao ser ouvida, ela alegou que não sabia que havia materiais dentro da televisão.
O detendo que iria receber o aparelho assumiu que tinha pedido para que outra pessoa inserisse os celulares na TV antes de entregá-la à advogada que, segundo ele, não tinha conhecimento da infração. Segundo a SSP, “a autoridade policial, inicialmente, não vislumbrou qualquer indício de crime por parte da profissional que foi ouvida e liberada”.
O delegado de plantão lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência contra o homem pela suposta prática do crime de ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de celular, ou similar sem autorização em estabelecimento prisional.
A Polícia Civil afirmou que as condutas da advogada e dos suspeitos de inserir os celulares na TV serão apuradas.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Tocantins informou que está acompanhando o caso e que, até o momento, a Procuradoria esclarece que a advogada foi conduzida à delegacia como testemunha do caso e liberada após prestar depoimento. “Desde que foi comunicada do fato, a OAB/TO acionou imediatamente a Procuradoria de Prerrogativas para acompanhar o caso para preservar os direitos da advogada”, informou.
As visitas na CPP de Palmas tinham sido suspensas na primeira semana de janeiro após um detento ser diagnosticado com coronavírus. Na época a Seciju informou que, para evitar novas confirmações entre presos e servidores, a suspensão valeria até o dia 20 de janeiro, podendo ser prorrogada.
Nesta quarta-feira (13), após o flagrante com a advogada, a pasta confirmou que as visitas permanecem suspensas, e que a mulher estava na unidade apenas para entregar o equipamento para o cliente.
“As atividades do projeto “Televisita”, que permitem ligações telefônicas e por videochamadas entre os custodiados e seus familiares, seguem normalmente, e a entrega de itens autorizados pela administração penitenciária às pessoas privadas de liberdade cumpre cronograma específico da unidade”, informou a pasta.
Fonte: G1 Tocantins