Agente cobrava até R$ 8 mil para repassar celular a presos, diz polícia
Um funcionário da empresa terceirizada que faz a segurança do presídio Barra da Grota em Araguaína, norte do Tocantins, foi preso nesta terça-feira (17) por suspeita de facilitar entrada de objetos na unidade. As investigações apontam que as negociações para a entrada de um celular poderia chegar a R$ 8 mil.
Ademilson Carneliano Celestino, de 58 anos, estava em casa quando foi preso pela equipe da Delegacia de Investigações Criminais em Araguaína.
“Nós temos feito um trabalho conjunto com a direção do presídio e recebemos a informação de que este indivíduo teria drogas em casa, além de aparelhos celulares que seria encaminhados para o interior do presídio”, explicou o delegado José Anchieta.
A polícia apreendeu carregadores, fones de ouvido celular, alicates e chaves mecânicas foral alguns dos objetos apreendidos na casa do suspeito e também no armário dele que fica no presídio.
Durante as investigações, a polícia localizou também uma carta que provavelmente foi escrita por um detento. No texto, tem vários pedidos. Entre eles a negociação de valores, um carregador era repassado dentro da unidade por até R$ 500 reais.
“Varia de acordo com a utilização e de como essa ferramenta seria utilizada lá dentro”, afirmou o direitor do presídio, Jean Carlos.
A Polícia Civil também apreendeu uma motocicleta. A suspeita é de que ela tenha sido adquirida com o pagamento que era repassado pelos presos.
O suspeito foi levado para a Casa de Prisão Provisória de Araguaína. “Ele vai ser autuado por crime de corrupção passiva, além de associação criminosa prevista no artigo 288 do Código Penal e o favorecimento a entrada de aparelho telefônico em unidade prisional”, disse o delegado.
A polícia não descarta a participação de outras pessoas no esquema e segue com as investigações.
(G1)