Aluguel do Hospital Municipal está com dez meses em atraso
A situação no Hospital Municipal de Araguaína (HMA) não está nada favorável. Depois da denúncia de que servidores estariam com os salários atrasados e apenas alguns colaboradores conseguiram receber seus vencimentos este mês, agora os proprietários do prédio ameaçam pedir a desocupação do prédio por conta de atrasos no aluguel. O proprietário está a um passo de tomar medidas judiciais contra o Governo do Estado que está com dez meses de aluguel atrasado. O custo mensal é de R$ 62.340,00 e o valor da dívida acumulada chega a mais de R$ 700 mil reais.
À imprensa, Dorcelina Moreira que é filha do proprietário Everaldo Vieira Mel e responsável pelos recebimentos, revelou que tem tentado sem sucesso receber do Estado. A dívida é referente aos meses de janeiro, outubro novembro e dezembro de 2015 e de todos os meses deste semestre de 2016.
Dorcelina explicou em entrevista que em 2009, a prefeitura assumiu a pediatria da unidade e em contrapartida o Governo do se responsabilizou pelo pagamento dos aluguéis.
Segundo ela, todas as reuniões agendadas com o Secretário Estadual de Saúde, Marcos Esner Musafir, foram desmarcadas e nessa terça-feira (14), o Estado foi notificado a pagar o montante de R$ 765.287,19 (Setecentos e sessenta e cinco mil, duzentos e oitenta e sete reais e dezenove centavos). O Estado tem cinco dias para quitar a dívida sob pena de serem tomadas medidas judiciais.
Diante da situação, Dorcelina Moreira afirmou que não descarta a possibilidade de pedir a desocupação do prédio através de um mandado de segurança. Ela lembra ainda que o contrato de locação encerra no próximo dia 28 de julho e destacou que até hoje não teve nenhum posicionamento do Estado se vão ou não renovar o contrato.
Secretário Municipal de Saúde
O secretário municipal de Saúde, Lucas Moreira, disse à imprensa que os serviços até agora estão funcionando normalmente e que o município já se reuniu com Musafir na semana passada que garantiu conversar com o governador sobre o impasse para que a questão do contrato seja resolvida de forma direta com o locatário.
Sesau
Em nota a Sesau destacou a absoluta falta de recursos do Tesouro do Estado e disse ainda que “mesmo diante das dificuldades financeiras, vem priorizando os serviços de atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e as necessidades das unidades, como parte de um planejamento focado na melhoria do atendimento ao paciente”.
(Portal O Norte)