Amilton da Caixa reunirá secretariado nesta manhã e diz que pode haver mudança de pastas
Após decisão judicial feita pelo juiz Álvaro Nascimento Cunha, que afastou o ex-prefeito da cidade de Araguaína Félix Valuar Barros (DEM), tomou posse às 21 horas dessa segunda-feira, 7, na Câmara Municipal da cidade, o prefeito Amilton Alves Cardoso (PSDB), mais conhecido como Amilton da Caixa. Amilton, que já havia sido secretário municipal da Administração, recebeu a notícia de que tomaria posse imediata na Prefeitura quando estava no Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (Itpac), onde cursa Administração. Ainda nesta manhã, Cardoso deve reunir todo secretariado e encaminhar comunicados aos colaboradores. Conforme o prefeito informou ao CT, havendo necessidade devem ocorrer também mudanças de pastas.
A ação que motivou o afastamento do prefeito foi a contratação no valor de R$97 mil, sem licitação, da empresa Arte Produções e Eventos, para realização de shows artísticos na cidade.
Após posse, Amilton deu entrada na Prefeitura onde por lá esteve até as 3 horas da manhã e conversou, por telefone, com o prefeito afastado Valuar Barros. Segundo Amilton, Valuar “estava tranquilo” e disse que acataria a decisão da Justiça.
“Vamos tomar conhecimento da situação e verificar o que precisamos fazer de mais urgente. Nesta manhã, conversaremos com o secretariado, havendo necessidade faremos mudanças de pastas em alguns setores. Fomos pegos de surpresa, mas daremos continuidade a alguns projetos. Falei com o Valuar [Barros], que aparentemente estava muito tranquilo e disse que acataria a decisão judicial”, informou .
Outras ações
Mais uma Ação Civil protocolada pelo MPE aponta mais 17 envolvidos, entre eles o secretário de Obras do município, Walmir de Souza Ribeiro, e a ex-prefeita da cidade, Valderez Castelo Branco (PP).
Segundo o MPE, os prejuízos ao patrimônio público somam mais de R$ 8 milhões provocados por dispensas indevidas de licitação e contratação direta de empresas prestadoras de serviços de recuperação asfáltica. As irregularidades, conforme o MPE foram comprovadas por meio de auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas, a pedido da Promotoria de Justiça de Araguaína.
Outra Ação Civil Pública protocolada pelo MPE no dia 13, contra Valuar, o Secretário de Fazenda Clóvis de Sousa Santos Júnior, o Secretário de Obras do município Walmir de Souza Ribeiro e a empresa Litucera Limpeza e Engenharia Ltda.
De acordo com a Ação, protocolada pelo promotor de Justiça, Alzemiro Wilson Peres Freitas, o prefeito e os secretários emitiram ordem de pagamento em valor superior a R$ 9 milhões, sem comprovação da realização dos serviços pela empresa, além de outras ilegalidades praticadas pelo gestor nos anos de 2009 e 2011.
(CleberToledo)