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Apesar de mudanças anunciadas pelo município, comerciantes da JK ainda se dizem insatisfeitos e anunciam próximo protesto

protesto-sistema-rotativo620Os comerciantes da Avenida JK que protestaram na manhã desta quarta-feira, 29, contra o estacionamento rotativo alegam que aguardam resposta da Prefeitura de Palmas, mesmo após o município anunciar alterações no sistema, que foram definidas em reunião nessa terça-feira, 28. As principais mudanças são a isenção de cobrança de tarifa aos sábados por 120 dias e nas vagas de carga e descarga pelo período de duas horas e a redução do tempo mínimo de cobrança. Caso a gestão não se manifeste até segunda-feira, 4, os empresários devem fazer um novo protesto na terça-feira, 5.

Em relação às mudanças anunciadas pelo município, o comerciante José da Cruz disse que não satisfazem os lojistas, como a isenção da tarifa aos sábados por 120 dias, já que os comerciantes querem isenção total. Outra medida anunciada pela prefeitura é a cobrança de R$ 0,50 por 15 minutos para carros e R$ 0,38 para motos. Mas os empresários reafirmam que querem tolerância de 15 minutos, tarifa de R$ 1 para automóveis e motos que permanecem até uma hora na vaga, insenção para cargas e descargas, idosos e deficientes físicos e que o estacionamento passe a funcionar das 10 às 16 horas, mesmo horário de funcionamento dos bancos.

“Vamos aguardar agora o que eles querem falar. Se a prefeitura não der resposta até segunda-feira [4] na terça-feira [5] irão paralisar novamente”, disparou Cruz. O empresário garantiu que várias entidades de classe querer aderir ao próximo movimento.

A mobilização desta quarta-feira foi pacífica, exceto no momento em que um carro da Guarda Metropolitana de Palmas (GMP) pegou algumas faixas do protesto. “Foi uma manifestação pacífica e eles vieram com agressão”, reclamou o empresário. As principais lojas de roupas, calçados e acessórios fecharam às portas até o final desta manhã. Após as 10 horas, os comerciantes se reuniram na frente da prefeitura para solicitar as principais demandas.

Cruz alertou que o município fica apenas com 7% do arrecadado com o sistema, enquanto a empresa BluePalmas, concessionária do serviço, embolsa o restante. “Infraestrutura na cidade quem deve fazer é o município. As empresas pagam imposto para essas coisas para o Poder Público fazer”, afirmou o lojista.

Histórico
O estacionamento rotativo começou a funcionar em fevereiro, mas passa por questionamentos desde o início de sua implantação. Dois servidores públicos protocolaram representação administrativa contra a Prefeitura de Palmas e a Bluepalmas, na Promotoria de Defesa do Consumidor de Palmas em fevereiro, alegando que a ausência de tolerância mínima de 15 minutos “fere o próprio espírito da lei”. Os vereadores Júnior Geo (Pros) e Joaquim Maia (PV) também questionaram o sistema rotativo.

(Cleber Toledo)