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Após 12 horas de julgamento, Júri condena a quase 17 anos de prisão acusados de assassinar o mototaxista Renan Araújo

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O Tribunal do Júri condenou a 16 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão os acusados Gleison da Silva Tavares, ex-diretor da Cooperativa de Mototaxistas de Araguaína, e Ivan Pereira de Jesus, pelo assassinato do mototaxista Renan da Silva Araújo em julho de 2009. O julgamento aconteceu durante toda a quinta-feira (28) na sede da OAB Araguaína e foi presidido pelo juiz Francisco Vieira Filho, titular do Tribunal do Júri. A sentença foi lida as 22h55minutos perante uma multidão de acadêmicos do curso de Direito e familiares da vítima e dos acusados.

O magistrado determinou que o regime inicial de cumprimento de pena dos condenados é o fechado, manteve a prisão provisória [não terão o direito de recorrer em liberdade] e fixou indenização pelos danos sofridos no valor de R$ 13,5 mil, devidos solidariamente pelos autores à família da vítima. O magistrado ainda declarou a perda da função pública exercida pelos dois acusados.

O júri popular foi composto por quatro homens  e três mulheres. Na acusação, estava o promotor criminal Benedito de Oliveira Guedes Neto e na defesa o advogado Maurício Hessener.

Na dosimetria da pena, o juiz reconheceu as circunstâncias “motivo torpe” e “meio que impossibilitou a defesa da vítima” como qualificadoras do crime de homicídio, mas aplicou apenas uma, elevando a pena de 14 anos e 3 meses para 16 anos, 7 meses e 15 dias. Os jurados não reconheceram a atenuante de bom comportamento social, tendo em vista que os dois acusados admitiram em juízo que usavam arma ilegalmente e faziam constantes disparos em festas.

O crime

O crime ocorreu na noite do dia 24 de julho de 2009 no Bairro São João, em Araguaína. Segundo informações, Renan chegou para deixar sua filha em casa quando dois homens efetuaram os disparos pelas costas.

Os dois acusados haviam sido presos em 2011, mas pagaram fiança e respondiam o processo em liberdade. No entanto, a partir de novas investigações, a polícia descobriu outros fatos que deram sustentação ao pedido de prisão preventiva expedido e cumprido em setembro de 2011. Na época, a partir de uma denúncia anônima, a Polícia Civil localizou em poder de um dos acusados um revólver calibre 38 que, após exames periciais, constou ser a mesma arma usada no crime.

(AF Notícias)