‘Atrasadíssimo’, diz senadora sobre Hospital de Campanha do governo e critica baixos salários
A senadora Kátia Abreu (PP) criticou o atraso do Governo do Tocantins na implantação do Hospital de Campanha de Palmas, que só está saindo do papel cinco meses após no início da pandemia da Covid-19.
O Tocantins atingiu a fase mais crítica da doença. Dos 32.289 casos confirmados até hoje (10.08.2020), o estado ainda tem 12.225 pacientes ativos, em isolamento domiciliar ou hospitalar, e chegou na triste marca de 461 mortos.
O hospital de campanha funcionará no Centro Oncológico de Palmas com 70 leitos, sendo 10 de UTI. O Instituto Saúde e Cidadania (Isac) foi contratado por R$ 20,6 milhões para gerenciar a unidade por seis meses.
A senadora Kátia Abreu ainda criticou os baixos salários ofertados no processo seletivo para contratação dos profissionais que vão atuar no hospital.
“Com estes salários, acho difícil atrair bons profissionais de saúde para o hospital de campanha de Palmas que o Governo do Estado está montando. Atrasadíssimo, mas está em curso. Já são 5 meses de pandemia no Brasil”, disse Kátia Abreu.
O Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins (Coren/TO) também divulgou nota de repúdio contra os baixos salários ofertados para enfermeiros e técnicos de enfermagem.
O processo seletivo oferta 28 vagas para técnico em enfermagem com salário de R$ 1.047,90 – praticamente o valor do salário mínimo – para uma jornada de trabalho de 12×36. Já para enfermeiro(a) são 10 vagas e salário de R$ 2.616,68 – para a mesma escala.
O Instituto Saúde e Cidadania (Isac) disse, em nota, que os salários foram baseados na convenção trabalhista em vigor e que o edital apresenta o valor da remuneração inicial sem os adicionais legais, a exemplo da insalubridade e do vale-transporte.