Áudio de médico sobre Plansaúde agita fim de semana no Tocantins e requer esclarecimentos
O Tocantins registrou um fim de semana bastante atípico e extremamente agitado nas redes sociais, quebrando aquela rotina de tranquilidade que estamos acostumados. Impossível fingir que nada aconteceu!
O motivo de tamanho alvoroço é um suposto esquema de corrupção e cobrança de propina na gestão do plano de saúde dos servidores públicos do Tocantins, o Plansaúde, revelado pelo médico Luciano de Castro Teixeira, sócio do Hospital Osvaldo Cruz, um dos principais da rede particular de Palmas.
Castro já foi candidato a prefeito de Palmas e também a deputado federal, mas não obteve êxito em nenhum dos pleitos.
O áudio vazado tem como interlocutor o jornalista Antônio Guimarães e contém revelações chocantes, que se confirmadas são capazes de provocar reviravolta no cenário político tocantinense. Foi o assunto mais comentado e compartilhado neste fim de semana nos grupos de WhatsApp.
FIM DA PARCERIA 1
A ‘bomba’ veio um dia depois de o Hospital Osvaldo Cruz anunciar que não atenderá mais usuários do Plansaúde, a partir desta segunda-feira (19), alegando “dificuldades atuais enfrentadas, com tabelas inviáveis e regulamentos impostos impossíveis de serem seguidos”.
FIM DA PARCERIA 2
A nota do hospital afirma ainda que uma “parceria produtiva deve envolver a busca da reciprocidade e reconhecimento, para que não sobrecarregue ambas as partes”, e que os acordos “devem ser bem claros e de fácil análise”, além de respeitar a história e o nome da instituição.
SURPRESA
Também em nota, o Plansaúde disse que até o momento desconhece os motivos que levaram o Hospital Oswaldo Cruz a emitir nota pública de descredenciamento sem fazê-lo oficialmente ao plano. Contudo, agradece o hospital “pelos relevantes serviços prestados aos nossos beneficiários durante tantos anos”.
SEM PREJUÍZO
O plano afirma ainda que os usuários não ficarão desassistidos, pois há outras seis unidades hospitalares em pleno funcionamento em Palmas.
São eles: Hospital da Unimed, Hospital Santa Thereza, Hospital Medical Center, Instituto Ortopédico de Palmas (IOP), Hospital Cristo Rei e Hospital Monte Sinai. O Hospital Santa Tereza, a Unimed e o Hospital Monte Sinai realizam atendimento de urgência e emergência.
GRAVAÇÃO VAZADA
No diálogo com o jornalista, que foi vazado sem autorização, o médico pede antecipadamente que não seja revelada a fonte e confidencia um suposto esquema de cobrança de propina no percentual de 23% dos prestadores de serviços do plano e cita nomes do alto escalão do Governo do Estado.
Desse percentual, segundo o médico, 3% seria para o pagamento do imposto da nota fiscal! Imposto da propina? Como assim?
O médico afirma, inclusive, que um grupo de prestadores de serviços estaria preparado para formalizar uma denúncia nesta segunda-feira (19) junto à polícia e ao Ministério Público. Aguardemos!
GRAVIDADE 1
Indiscutível a gravidade dos fatos relatados! O próprio médico, um homem público e sócio de um grande hospital, classifica o assunto como uma ‘bomba’. Não para menos, caso seja confirmada a veracidade! De igual modo, o médico deve ser acionado judicialmente pelos citados no áudio caso a denúncia não tenha fundamento. Responderá, no mínimo, a várias ações de indenização por danos morais.
GRAVIDADE 2
Dada à repercussão do áudio, já podemos imaginar que a polícia e o Ministério Público instaurem procedimentos investigatórios de ofício. O médico deve ser convidado a prestar informações e apresentar as provas que diz possuir sobre o suposto esquema de corrupção.
GRAVIDADE 3
De qualquer maneira, pela proporção que o assunto ganhou nas redes sociais, o Governo do Tocantins tem o dever moral de se manifestar e prestar esclarecimentos à população. O silêncio só aumentará a nuvem de descrédito sobre as instituições públicas. Não dá para fingir que nada aconteceu! A semana promete ser muito agitada!
Fonte: AF Notícias