Boletim de ocorrência pede investigação da morte do jornalista Nilo Alves, em Palmas
A presidente da Câmara de Palmas, Janad Valcari (Podemos), registrou boletim de ocorrência, neste sábado (13), pedindo que a Polícia Civil do Tocantins investigue as circunstâncias da morte do jornalista, cantor, compositor e escritor tocantinense Marcionilo Alves Silva, mais conhecido como Nilo Alves, de 63 anos.
Nilo estava internado na UPA Sul com covid-19 e faleceu na manhã dessa sexta-feira (12) após sofrer paradas cardiorrespiratórias, segundo o boletim médico. Contudo, amigos do jornalista suspeitam que houve negligência e imprudência, além de falta de oxigênio.
“Diminuíram a oxigenação dos pacientes que estavam lá porque estão com pouco oxigênio. A saturação do Nilo caiu para 88%, ele não resistiu, entrou em parada cardíaca, entrou em colapso, eles tentaram entubar Nilo, num procedimento nas coxas, feito de qualquer jeito, dentro da UPA, e o resultado: Nilo veio a óbito”, conta um amigo do cantor em áudio que viralizou nas redes sociais.
Janad aponta que consta no relatório dos médicos plantonistas que “a rede de oxigênio é insuficiente para a quantidade de pacientes internados”. Em vídeo gravado na frente à delegacia, Janad diz ter recebido a denúncia de que a morte de Nilo teria ocorrido “por falta de oxigênio e de técnicos realmente intensivistas”.
O próprio relatório cita a ausência de UTI para socorrer o paciente. “Esta unidade não é uma Unidade de Terapia Intensiva, apresenta leitos limitados, já havia sido solicitado leito clínico para o paciente, mas devido às interferências, não tivemos tempo para troca de leito UTI nesta manhã”, diz o documento.
O QUE DIZ A SAÚDE DE PALMAS
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus) disse que o jornalista Nilo Alves deu entrada na UPA Sul no dia 08 de março com sintomas moderados da Covid-19. Porém, no mesmo dia, diante da evolução dos sintomas e da necessidade de suporte mais avançado, o paciente foi inserido no Sistema Estadual de Regulação (SER-TO) em busca de vaga na UTI. Porém, Nilo morreu sem conseguir a vaga.
A secretaria diz que em nenhum momento o paciente ficou desassistido pela equipe médica e que recebeu oxigênio adequado para o seu caso.
Fonte: AF Noticias