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Brasil avança no desenvolvimento sustentável, mostra IBGE

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Um estudo do IBGE divulgado nesta segunda-feira (18) mostrou que o Brasil fez avanços importantes na direção de um desenvolvimento sustentável, mas persiste o desafio de vencer a desigualdade social.

A boa notícia é que o desmatamento da floresta amazônica diminuiu. A área devastada em 2011 foi 77% menor que a de 2004. A má noticia é que 20% da floresta original já foram destruídos. Da Mata Atlântica, o que resta é quase nada: apenas 12%.

Mais da metade da vegetação original do pampa, no Rio Grande do Sul, não existe mais. No cerrado e na caatinga, a devastação também é grande. No Pantanal, chega a 15%. Resultado: 627 animais estão na lista das espécies extintas ou ameaçadas de extinção. Metade corre o risco de desaparecer da natureza a médio prazo.

Os indicadores do IBGE também mostram que a emissão de gases de efeito estufa no Brasil ainda cresce, em um ritmo mais lento. Mas estamos consumindo menos substâncias que destroem a camada de ozônio. Entre elas, os grandes vilões, os chamados CFCs, que eram usados, por exemplo, na fabricação de geladeiras.

Quase toda a população já conta com coleta de lixo, mas um terço dos resíduos ainda é despejado em lugares inadequados. De 2000 a 2008, o número de cidades com coleta seletiva mais que dobrou, mas elas ainda representam menos de 20% do total de municípios.

“Em relação ao desenvolvimento sustentável é que ele tem que ser objeto de atenção permanente, não só por parte do governo, mas também por parte da sociedade”, afirma o presidente do IBGE, Wasmália Bivar.

O grau de desenvolvimento sustentável de um país também se mede pela qualidade de vida das pessoas. Em alguns lugares, se vê que os desafios ainda são grandes. Às vezes falta tudo: água, luz… E o esgoto corre pelo meio da rua. No Brasil, 20% da população de áreas urbanas ainda não têm acesso à rede de esgoto.

“As crianças da comunidade estão doentes. Fazer o quê? Já pedimos a todos e ninguém nos socorre”, lamenta a despachante de van Maria Da Glória da Paixão.

A comunidade onde moram 600 famílias fica na Zona Oeste do Rio de Janeiro, perto de onde os líderes do mundo inteiro vão discutir desenvolvimento sustentável esta semana. Por lá, ainda não se sabe o que isso significa.

“Saber eu não sei, mas eu acho que é uma coisa provável, que cabia até para a gente também. Mas isso aí, aqui vai ser difícil chegar”, diz a auxiliar de serviços gerais Denise Gomes de Oliveira.

(G1)