Caloteiro preso em Palmas interagiu com clientes em bar antes de ser preso por não pagar conta de R$ 5,2 mil
Ruan Pamponet Costa, de 28 anos, interagiu com clientes no bar da praia da Graciosa, em Palmas, antes de ser preso por não pagar uma conta de R$ 5,2 mil. É o que mostra imagens feitas no estabelecimento. O homem conversou com famílias, sentou com outros clientes, mudou de mesa e chegou a pagar produtos para quem estava por perto.
O homem que aplicou pelo menos 40 golpes em oito estados foi detido pela Polícia Militar em um dos principais pontos turísticos da capital dois dias depois de fingir passar mal para não pagar uma conta de R$ 6 mil em Goiânia.
Caloteiro preso em Palmas interagiu com clientes em bar antes de ser preso — Foto: Reprodução
Na quinta-feira (21) o suspeito chegou ao bar de Palmas por volta das 14h e passou a tarde comendo e bebendo. Ele pediu frutos do mar, garrafas de whisky de até R$ 1,5 mil, gin importado, energéticos e cervejas.
A gerente de estabelecimento que levou calote contou que o Ruan falava muito bem e tinha um perfil “encantador”. Segundo ela o homem era agradável e educado com os garçons.
“Tem um perfil consideravelmente encantador porque ele tem postura, é um cara de postura, fala muito bem. Em nenhum momento demonstrou agressividade. Então, ele não demonstrava perigo”, comentou a gerente Sara Silva.
Golpista foi preso na noite desta sexta-feira em Palmas — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
Ao final do dia, a conta ficou em R$ 5,2 mil em produtos e taxa de serviço. Enquanto comia e bebia, os atendentes começaram a desconfiar. A assessoria do restaurante informou ao g1 que logo após a conta chegar aos R$ 5 mil foi pedido o pagamento parcial para continuar servindo a mesa. Só que Ruan não pagou.
A Polícia Militar foi chamada, identificou o suspeito e fez a prisão.
Caloteiro preso em Palmas interagiu com clientes em bar antes de ser preso — Foto: Reprodução
No dia seguinte a prisão preventiva, que não tem um prazo determinado, foi determinada. Para a polícia, ele não tem respeito pelas instituições e as medidas aplicadas até agora não o impediram de continuar cometendo os golpes. Segundo o delegado, ele afirmou que não vai parar com os calotes.
O advogado do suspeito afirmou que vai recorrer da prisão preventiva, pois o caso não se enquadra como estelionato e estaria sujeito ao princípio da insignificância devido o estabelecimento ter um alto faturamento. (Veja a resposta abaixo)
Comanda de produtos consumidos pelo suspeito — Foto: Reprodução
O que diz a defesa
O advogado Clevison Bezerra, que defende Ruan neste e em outros processos pelo mesmo crime, afirmou que o fato imputado ao cliente não se enquadra como estelionato, mas no crime de tomar refeição em restaurante sem dispor de recursos para pagamento, previsto no artigo 176 do Código Penal.
O crime citado pela defesa tem uma pena bem mais branda que o estelionato, sendo prevista uma detenção simples de até dois meses ou multa.
O advogado também afirmou que o caso se enquadraria no princípio da insignificância, pois o restaurante que sofreu o prejuízo é frequentado por pessoas de posse e esse valor seria insignificante diante do faturamento.
Fonte: AF Noticias