Campeão de matemática faz ensino médio e doutorado aos 16 anos
Ele tem 16 anos e tem uma rotina escolar puxada: ele faz ao mesmo tempo o ensino médio e o doutorado no Impa (Instituto Nacional de Matemática Aplicada), instituição em que ele se graduou e fez mestrado. Neste ano, ganhou mais uma medalha na Obmpe (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas). O nome desse prodígio da matemática é Daniel Santana Rocha.
Filho de um professor de matemática, Daniel começou a se dedicar ao estudo da disciplina quando tinha 11 anos. O pai, Fernando Rocha estava fazendo um programa de aperfeiçoamento no Impa e levava o filho nas aulas para que ele não ficasse sozinho em casa.
“Eu sentava perto do meu pai durante as aulas lá do Impa e ficava só observando”, lembra o menino que já foi assunto de outras reportagens. “Até que um dia um professor do curso passou um problema no quadro, eu fui lá e resolvi.”
Desde então, Daniel não parou mais: “Começaram a me chamar para cursos de verão. Depois engrenei na iniciação científica e recentemente concluí o mestrado. Meu desafio agora é o doutorado no Impa que mantenho com as aulas do ensino médio”.
A rápida graduação na carreira é motivo de orgulho para o pai de Daniel que não tem mestrado nem doutorado. “Meu pai dá aula de matemática, química e física, mas não teve oportunidade de se graduar tanto quanto eu. Ele fica muito orgulhoso, todo bobo”, conta o estudante.
Assim que iniciou os estudos no Impa, Daniel acabou levando amigos do Colégio Estadual Engenheiro Bernardo de Sayão, na Taquara, e Jacarepaguá (zona oeste da capital fluminense) para o mesmo caminho.
Foi o caso de João Pedro Gonçalves Ramos, 18 anos, que já cursa o mestrado antes mesmo de ter acabado o Ensino Médio. “Fiz um curso de verão e acabei ficando…”.
Para aqueles que não conseguem dar conta da matemática no Colégio, João Pedro dá sua dica. “Tem que ter calma e persistência acima de tudo. Quando se está diante de um problema matemático, a chave para resolver aquilo é ter calma e não desistir, ir tentando tudo aquilo que se imagina. Não tem como não amar a matemática”.
(UOL)