Carlesse testa sua força na AL e fidelidade dos aliados ao propor data-base unificada em 1%
A proposta apresentada pelo governador Mauro Carlesse (DEM) de unificação das data-bases de todos os Poderes e órgãos, no percentual único de 1%, foi recebida com descontentamento durante uma reunião realizada a portas fechadas no Palácio Araguaia, na manhã de quinta-feira (19).
O objetivo do Governo é que o índice de correção salarial seja o mesmo para os servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de órgãos como Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A reunião extremamente tensa teve a participação de vários deputados estaduais, do Chefe do Ministério Público, José Omar de Almeida Júnior; do defensor público geral do Estado, Fábio Monteiro, e do conselheiro Alberto Sevilha, representando o Tribunal de Contas (TCE).
O problema é que a proposta desagradou geral. Os servidores do quadro geral do Executivo tiveram correção de apenas 0,75%, mas querem 5,074% – índice apurado pelo INPC-IBGE. Já o Ministério Público pede 3,43%.
Sem acordo, Carlesse quer jogar essa pauta-bomba nas mãos da Assembleia Legislativa, onde detém apoio quase unânime e vivia um mar de rosas desde o início do mandato até o encanto ser abruptamente quebrado por um bate-boca com o deputado Elenil da Penha (DEM), que se mostrou resistente à proposta.
Por outro lado, a unificação da data-base evitaria uma ciumeira entre as diversas categorias de servidores públicos.
O Governo alega também a crise fiscal e a busca pelo reequilíbrio das contas. Como argumento, cita o fato de que cerca de 17 Estados não tiveram condições de sequer conceder a data-base.
Esse teste-de-força será o termômetro para o Palácio Araguaia recalcular seu nível de influência na Assembleia Legislativa e avaliar a fidelidade dos aliados.
Fonte: AF Noticias