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Casos de tuberculose crescem mais de 17% na capital do Tocantins; Saude faz alerta

A cidade de Palmas, capital do Tocantins, registrou 75 notificações para a tuberculose de janeiro a novembro deste ano. O número é 17,18% maior que de janeiro a dezembro de 2020, quando a capital registrou 64 notificações para a doença. Esses números foram divulgados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net) do Sistema Único de Saúde (SUS).

O quantitativo pode ser ainda maior, considerando que o ano ainda não acabou. Em razão desse aumento, a prefeitura de Palmas reforça a necessidade da população se prevenir contra a doença.

O coordenador técnico de Hanseníase e Tuberculose da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Pedro Paulo dos Santos Oliveira, analisa que o número também reflete um trabalho que vem sendo intensificado ao longo dos anos. “Esse aumento de notificações ocorreu mesmo com a pandemia, mostrando que a nossa vigilância com esse agravo também aumentou e reflete, ainda, a procura dos pacientes pelo cuidado e tratamento contra a doença”, afirmou.

A doença

A tuberculose é uma doença causada por infecção bacteriana que afeta os pulmões e/ou outros órgãos do corpo, caracterizada por sintomas como febre, tosse e perda de peso, que pode levar à morte se não tratada. A transmissão se dá pelo ar e se instala após inalação de aerossóis (partículas ainda menores que as gotículas) das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa, que lançam no ar partículas com as bactérias, sendo que uma pessoa contaminada pode infectar de 10 a 15 pessoas.

A doença tem cura e pode ser tratada e diagnosticada integralmente nas Unidades de Saúde da Família (USFs) da Capital, onde o paciente pode procurar pelo tratamento na unidade mais próxima de sua casa. A enfermeira da Semus Marli da Silva Pimentel explica que o tratamento da doença é realizado em duas fases (fase intensiva e fase de manutenção), que deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção e diariamente. “A cura depende da adesão do paciente ao tratamento”, diz a enfermeira.

Prevenção

A Semus explica que as medidas de proteção contra a tuberculose são similares aos cuidados contra a Covid-19, tais como cobrir a boca com o braço ao tossir e manter o ambiente bem ventilado, permitindo a entrada da luz do sol.

Marli informa que a melhor forma de prevenir a tuberculose, principalmente tipos graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo), é por meio da vacina BCG. O imunizante é aplicado na criança ao nascer, ainda na maternidade. Caso o bebê não tenha tido acesso à dose, a família pode comparecer nas USFs que ofertam o serviço e agendar a vacinação. Acesse aqui a relação de unidades que oferecem.

Como prevenção à doença, a Semus também realiza campanhas educativas; realização de Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB); ampliação da realização de cultura para todo diagnóstico de tuberculose; intensificação da busca ativa de casos.

Também promove ações que viabilizem o acesso ao diagnóstico das populações mais vulneráveis, especialmente pessoas vivendo com HIV, situação de rua e população privada de liberdade; bem como avaliação periódica de pessoas que tiveram contato com quem foi diagnosticado com a doença.

Fonte: AF Noticias