Chefes de plantão e escolta do Presídio Barra da Grota colocam seus cargos à disposição
Cinco servidores que ocupam funções de chefia na Unidade Penal Barra da Grota, em Araguaína, enviaram um ofício ao diretor do presídio, Paulo de Sousa Freitas, colocando seus respectivos cargos à disposição, nesta sexta-feira (23).
No documento, os servidores justificam o “atual cenário pelo qual passa o Sistema Prisional do Estado do Tocantins, a desvalorização dos profissionais e o não recebimento de direitos trabalhistas”.
O ofício é assinado pelos servidores Alcimar Franklin Amaral Veloso, João Paulo Café de Oliveira, Marcos José Mendanha, Rafael Bezerra Gouveia e Wesley Rodrigues Feitosa.
“Nós, Chefes de Plantão, bem como, Chefe de Escolta, ao final subscritos, com lotação na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, estamos, a partir desta data, colocando nossos cargos à disposição da Unidade, não mais tendo interesse em permanecer ocupando os mesmos”, finaliza o ofício.
Manifestação
No último dia 14 de outubro, com a decisão do Governo do Estado de retomar as visitas nas unidades prisionais, os policias penais do Tocantins deflagraram a operação ‘Legalidade Primavera Árabe’.
Segundo a Associação dos Profissionais do Sistema Penitenciário (Prosispen-To), o movimento foi deflagrado de forma independente, com o objetivo de reivindicar melhorias das condições de trabalho, bem como o pagamento dos direitos trabalhistas já adquiridos pela categoria.
Os profissionais alegam que há mais de três anos o Estado vem negligenciando o pagamento de direitos trabalhistas como hora extra e adicionais de insalubridade e noturno. Alguns dos servidores só conseguiram o direito pela via judicial.