Com equipamento quebrado, bebês deixam de fazer teste da orelhinha na maior maternidade pública do TO

O Ministério da Saúde recomenda que o teste seja feito logo após o nascimento dos bebês, antes de receber alta. Com o procedimento é possível detectar e prevenir doenças auditivas em recém-nascidos.

O filho de Deia Santos já tem quase quatro meses e ainda não fez o teste. “Já está quase passando da fase para fazer. Quando eu perguntei para o doutor ele disse que é melhor fazer quando está novinho. Não tive oportunidade de fazer o teste ainda”, disse a mãe. Preocupada, ela tenta, por conta própria, saber se o filho consegue ouvir.

Segundo o Governo do Estado o equipamento que faz o teste estava quebrado e foi consertado na última quinta-feira (4), mas deixou de funcionar no dia seguinte.

A Defensoria Pública informou que o problema precisa ser solucionado com urgência. “Vamos instaurar um procedimento coletivo e vamos oficiar para o hospital e para a secretaria para saber a razão dessa paralisação e qual alternativa o Estado tem”, disse o defensor Arthur Pádua.

O defensor disse ainda que o Estado é obrigado a fornecer, de alguma forma, o procedimento. “Caso o Estado não consiga prestar esse serviço diretamente, como é um serviço essencial, deve garantir a oferta na rede privada”, explicou.

Os pais de Laura, que tem um mês, tentaram fazer o teste antes da alta hospitalar e voltaram à maternidade novamente, mas retornaram para casa sem o exame. “Não está fazendo o teste da orelhinha por motivo do aparelho não estar funcionando. Isso foi no dia que recebi alta e até agora nada. Vim aqui para ver se já estava funcionando, mas não está”.

O Governo do Estado informou, em nota, que a licitação para comprar um novo equipamento está em fase de finalização. Nenhum prazo foi dado.