Com parte da vegetação destruída no entorno de Taquaruçu, combate aos focos deve seguir até domingo (4)
As chamas que castigam a região de Taquaruçu ainda estão consumindo a vegetação das serras ao redor do distrito de Palmas. Por isso, os bombeiros informaram que as ações mais intensas de combate devem seguir, pelo menos, até domingo (4).
Segundo um balanço preliminar divulgado pela corporação nesta quinta-feira (1), quase toda a área verde no entorno sul de Taquaruçu foi devastada. Além dos bombeiros, brigadas de incêndio agora tentam evitar que o fogo chegue na parte norte, onde ficam a Fazenda Ecológica e a torre de comunicação da Secretaria de Segurança Pública de Palmas.
Região da serra perdeu parte da vegetação com no incêndio — Foto: Bombeiros/Divulgação
No início da noite de quarta-feira (31), quem trafegava pela TO-030, que dá acesso ao distrito, conseguia ver o rastro das chamas na serra. Pela manhã, o fogo atingiu os dois lados rodovia e motoristas tiveram dificuldade em trafegar pela via.
Fumaça tomou conta de trecho da rodovia para Taquaruçu — Foto: Bombeiros/Divulgação
As equipes enfrentam dificuldades para acessar os locais com focos, que ficam nas encostas da serra. Além disso, os ventos fortes e o clima seco contribuem para que as chamas se espalhem em uma velocidade maior.
O comando-geral dos bombeiros determinou a criação de uma força-tarefa para atuar no combate aos incêndios na região. Além dos integrantes das brigadas municipais e do estado, dez militares a mais estão atuando no combate.
Caso seja necessário, os trabalhos vão continuar na próxima semana, informou os bombeiros.
Prejuízos
O fogo segue ameaçando propriedades e locais turísticos em Taquaruçu. Um dos chacareiros que moram na região chorou ao ver a destruição no local onde mora e falou dos prejuízos ao meio ambiente.
“Eu tenho uma nascente que há cinco anos secou. E essa nascente eu vinha recuperando ela. Foi plantada 700 mudas e queimou tudo. E a nascente da cachoeira foi muito prejudicada, há 15 dias queimou tudo que foi feita. Quase 3 mil mudas plantadas”, lamentou Cláudio Antônio Facchini.
Ele tem uma área de 1 mil hectares e quase a metade foi queimada. O idoso perdeu até as mudas que seriam usadas para o reflorestamento de nascentes.
Fonte: G1 Tocantins