Com tema “Homofobia tem jeito: Vote contra o preconceito”, 9ª Parada da Diversidade defende importância do voto e elege miss
A 9ª Parada da Diversidade, com o tema Homofobia tem jeito: vote contra o preconceito, aconteceu nesse domingo,1. O presidente do Giama, Renilson Cruz, explicou que o tema foi escolhido para conscientizar as pessoas na hora de votar e ajudar eleger políticos que respeitem e ajudem no combate à homofobia. Simultaneamente ao evento foi realizado o I Sarau da Diversidade, com a escolha da Miss Parada da Diversidade.
Com o tema “Homofobia tem jeito: Vote contra o preconceito”, aconteceu neste domingo, 1, a 9° Parada da Diversidade de Palmas. O presidente do Giama- Grupo Ipê Amarelo pela Livre Orientação Sexual, Renilson Cruz, explicou que o tema desse ano foi escolhido como campanha para conscientizar as pessoas na hora de votar e ajudar a eleger políticos que respeitem e ajudem no combate à homofobia.
De acordo com Renilson, a parada é uma marcha de protesto contra o preconceito, a discriminação, a violência e a opressão contra lésbicas, gays, bissexuais e travestis (LGBT). Ainda segundo o presidente, é preciso trabalhar mais a imagem LGBT em cidades do interior do Estado, aonde a violência é maior.
“A violência no interior do Tocantins é maior, só esse ano três pessoas já morreram. Estamos aqui para defender os direitos iguais e essa marcha serve para que as pessoas vejam os LGBTs e respeitem. Esse ano é político e temos que eleger pessoas que vão nos representar dentro de instituições governamentais e lutar pelos direitos iguais”, afirmou Renilson.
Apoio do município
A funcionária pública Rosimar Mendes, que representou o prefeito Raul Filho (PT), destacou a importância do evento e o apoio da prefeitura à manifestação. De acordo com Rosimar, é responsabilidade dos governantes cuidar da segurança e da igualdade dos direitos de todos através de políticas públicas.
“Desde o primeiro momento nosso prefeito abraçou a causa e sempre apoiou. Esse ano o tema é digno de reflexão para que os governantes eleitos desenvolvam políticas públicas que garantam a segurança e igualdade de todos”, afirmou Rosimar.
Poder no legislativo
A professora do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Tocantins-UFT, Bruna Irineu, defendeu que o papel da universidade em conscientizar a sociedade do poder do voto e considerou a Parada uma manifestação educativa.
“É função essencial da universidade dialogar com a comunidade. Não temos nenhum representante dentro do poder legislativo que pertence ao LGBT. Temos pessoas que nos ajudam, mais ainda não é suficiente para dar forças a aprovação de projetos que beneficiem a classe”, explicou.
Família presente
Já a aposentada Djanira Santana Matos, 83 anos, falou ao Site Roberta Tum que participa da manifestação todos os anos e os avanços conquistados são resultados da participação e apoio da família que devem estar presentes. Ainda de acordo com a aposentada, o respeito e a liberdade são direitos que as pessoas precisam manter em todos os lugares.
“Tenho uma neta que é casada com outra mulher e não tenho preconceito. Sempre estou acompanhando os movimentos, pois a liberdade é um direito de todos e é preciso que as pessoas respeitem mais a decisão das outras”, afirmou Djanira
Miss Parada de Diversidade
Na ocasião houve o desfile para escolha da Miss Parada da Diversidade que contou com a participação de travestis e transexuais. O desfile foi organizado pelo Movimento Universitário da Diversidade Afetivo Sexual (MUDAS) junto com o I Sarau da Diversidade. A escolhida foi Vicktória Haffausk, de Porto Nacional.
A coordenadora do movimento, Marina Galvão, ressaltou que o desfile serviu para incentivar e mostrar a participação dos travestis e transexuais na Parada. “O Mudas surgiu exatamente para realizar a inclusão de uma convivência harmônica entre a diversidade. O Miss Parada resulta nisso, dar visibilidade para aqueles que são os que mais sofrem com a discriminação”, ressaltou Marina.
(RobertaTum)