Com uma vela para cada vítima, culto marca volta às aulas na UFSM
Um culto ecumênico na manhã desta segunda-feira (4) marcou a volta às aulas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Alunos e professores tentam retomar a rotina após o incêndio da boate Kiss no último domingo (27). A tragédia matou 237 pessoas, sendo 117 alunos da universidade.
“É um momento de orar pela universidade. Quem sabe todos nós tenhamos a consciência da solidariedade e do respeito, e a partir deste fato lamentável tenhamos ainda mais esta consciência”, disse o padre Francisco Bianchin, capelão da UFSM.
A cerimônia, que começou por volta das 9h20, é o primeiro ato no local depois de uma semana sem aulas desde o incêndio. Antes do culto, alunos fizeram uma caminhada silenciosa pelo campus. Durante a celebração religiosa, organizada no Espaço Multiuso da UFSM, uma mensagem do Papa Bento XVI foi lida.
Representantes das religiões católica, luterana, protestante e judaica participaram do culto. Na celebração, uma vela foi acesa para cada uma das vítimas da tragédia.
Ainda abalados pela tragédia, alunos terão o acompanhamento de uma equipe de psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e assistentes sociais. Outro medida tomada foi a flexibilização das avaliações e presença em sala de aula para os alunos que não estiveram em boas condições psicológicas e emocionais.
A partir desta semana, a universidade também começa a discutir ajustes no calendário acadêmico. Em razão da greve dos professores no ano passado, o término do segundo semestre de 2012 estava previsto para o dia 2 de março. Ainda não há definição se esse prazo será mantido após os cinco dias de luto oficial decretados pela tragédia.
– O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
– Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
– A banda comprou um sinalizador proibido.
– O extintor de incêndio não funcionou.
– Havia mais público do que a capacidade.
– A boate tinha apenas um acesso para a rua.
– O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
– Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
– 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
– Equipamentos de gravação estavam no conserto.
(G1)