Comerciantes são conduzidos à delegacia e podem responder por formação de quadrilha após descumprirem Decreto 136
Quatro comerciantes que resistiram à ordem de Fiscais de Posturas do Município de Araguaína para fecharem as conveniências na última segunda-feira, 10, foram conduzidos à Delegacia de Plantão, escoltados por 3 viaturas da Polícia Militar.
Segundo relatos, eles ainda foram ameaçados de prisão por formação de quadrilha, em virtude do descumprimento do Decreto Municipal 136, que estabelece o fechamento mais cedo de bares, restaurantes e conveniências. .
Um comerciante que preferiu não ser identificado relatou o drama que viveu na noite naquela noite ao ser encaminhado para a delegacia. Segundo ele, os fiscais e os policiais deram ordem para fechar o estabelecimento em cumprimento ao Decreto Municipal. Porém, o comerciante se recusou a baixar as portas do estabelecimento afirmando que o decreto é ilegal e foi conduzido à Delegacia de Plantão da cidade juntamente com outros três empresários de regiões diferentes da cidade.
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Conforme os relatos, são quatros comerciantes do ramo de conveniências, sendo um do Bairro São João, dois do Centro e um da região do Entroncamento. Um deles reclamou que o número de viaturas foi exagerado, pois outros lugares da cidade ficam vulneráveis sem a presença da polícia. “Ontem na porta da minha loja tinha 3 viaturas. A polícia deveria estar andando atrás de bandido, traficante e na Feirnha (cracolândia araguainense)” criticou.
TCO
Ainda segundo o comerciante, ao chegarem à Delegacia de Plantão, foi registrado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e que o delegado disse que poderia enquadrar os empresários no crime de formação de quadrilha. Ele afirmou à reportagem que se sentiu humilhado e tratado como um vagabundo. “Formação de quadrilha é um grupo de pessoas que se unem para cometer crime. Nós estamos é trabalhando e só queremos trabalhar”.
Versão do advogado
Já o advogado dos empresários, Miguel Vinícius Santos, afirmou que “a polícia foi ao local de trabalho dos empresários e ameaçou quebrar, prender, usou da força moral coercitivamente” criticou. E para evitar problemas, os comerciantes resolveram fechar as portas.
O outro lado
O prefeito Ronaldo Dimas afirmou que o Decreto é provisório, teve efeito positivo reconhecido pela população e que foi uma medida necessária e discutida com a sociedade organizada. Dimas ainda ressaltou que já foi passada a Câmara Municipal a incumbência de debater o assunto e encontrar a saída mais viável.
(AF Notícias)