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Comerciantes são vítimas de golpe do envelope vazio em Palmas

a5828ed314f674Comerciantes estão sendo vítimas do chamado “golpe do envelope vazio”, em Palmas. Nele, o golpista deposita um envelope vazio no caixa eletrônico e informa na máquina um valor aleatório, que não é real.

O valor aparece no extrato da conta de quem deveria receber o dinheiro como se fosse uma previsão de depósito. Até que o banco confira as informações, e se a pessoa não estiver atenta, ela acredita que o dinheiro já está na conta.

Uma empresária que preferiu não se identificar caiu no golpe. O depósito na conta dela seria de R$ 10, 2 mil, dinheiro que nunca apareceu.

“A minha falha foi eu não ter olhado logo acima no extrato que o valor estava bloqueado. Então deu como crédito na conta. Ele [o golpista] me ligou pedindo para eu devolver 50% porque ele só queria metade da mercadoria. Eu, inocentemente, fui. Ele me passou o número da conta do Banco do Brasil, depositei R$ 3 mil reais na conta e fiquei no prejuízo porque no outro dia o depósito deu como cheque cancelado, o que estava no envelope”, conta.

Uma vendedora que também preferiu não se identifica explica que por mensagem de celular, o golpista diz que mora em Cuiabá (MS), o primeiro contato que ele faz é por telefone. O homem pede mercadorias e avisa que vai fazer o pagamento por depósito.

“Ele liga, solicita mercadoria, solicita uma quantidade de mercadoria: 30 calças, 30 camisas. Pede o total, a gente fala o total da mercadoria, ele pede o número da conta para fazer depósito, eu dou e ele deposita a mais.”

O depósito é feito por cheque. O valor aparece no extrato, mas fica bloqueado até que o banco analise as informações e autorize o pagamento. Só que enquanto isso não acontece o golpista liga de novo e pede a devolução de parte do dinheiro.

“Só que aí na minha conta não tem dinheiro. Está bloqueado o valor que ele me mandou. Eu pego da minha conta e passo para ele. É na hora que eu caio no golpe”, lamenta a vendedora.

Outros golpes

Mas não tem só este golpe acontecendo contra comerciantes não. O empresário André Achcar organiza uma feira de roupas e a maioria das mercadorias vem de outros estados. Nesta semana, os produtos foram retirados da transportadora por uma pessoa que ele não conhece.

“Foi uma pessoa que sabia da existência da mercadoria que estava na transportadora e usando o nome e a razão social da empresa, foi e retirou. A expedição da transportadora despachou e entregou a mercadoria e agente ficou sem na empresa. Mercadoria que já tinha sido vendida”

Eram 180 calças jeans e o prejuízo foi de R$ 10 mil. O golpista assinou o protocolo de recebimento com nome e número de identidade falsos. As câmeras de segurança da transportadora, que está colaborando com a investigação, registraram o rosto dele. “Cada dia mais os bandidos vem se aperfeiçoando e a gente fica numa situação de refém.

(Portal O Norte)