Covid-19: Vacina de Oxford poderá ficar pronta em setembro
Depois disso, o imunizante – considerado em fase mais avançada no mundo – depende do processo de fabricação e distribuição. Segundo Fraser Hall, presidente da AstraZeneca Brasil, em entrevista a VEJA em junho, o produto pode chegar ao país ainda este ano, sem prazo definido. Outras estimativas, entretanto, falam em primeiro trimestre de 2021.Os resultados da primeira fase deverão ser oficialmente divulgados nesta segunda-feira, 20. “Esperamos que o artigo, que está em fase final de edição, seja publicado em 20 de julho, para divulgação imediata”, informou a revista The Lancet por meio de nota.
Os pesquisadores acreditam que a vacina, que está na terceira e última etapa de testes, tem cerca de 80% de eficácia na prevenção da forma grave da doença.
Devido à pandemia, a equipe de Oxford desenvolveu uma tecnologia que pode acelerar o processo. A Astrazeneca planeja conseguir produzir mais de 2 bilhões de doses.
O imunizante teria apresentado um resultado duplamente positivo: além de criar anticorpos contra o coronavírus, também induziu a produção de células T do sistema imunológico, que atuam no sistema de defesa do organismo.
Ao todo, 50 mil pessoas participam dos testes da vacina de Oxford em todo o mundo, sendo 10% delas no Brasil. No país, os testes acontecem em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, Instituto D’Or e a Fundação Lemann.
Existem hoje em todo o planeta em torno de 160 projetos de imunizantes. Destes, duas dezenas já estão em fase de testes clínicos em humanos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia afirmado que a vacina de de Oxford é a mais avançada. O imunizante da Pfizer também está em fase adiantada de fabricação.
O investimento global no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus foi recorde: 20 bilhões de dólares.
Fonte: Veja