Crianças com deficiência estão sem acompanhamento especializado em escolas de Palmas

Segundo a mãe, a menina de nove anos teria que ser atendida por um psicólogo, um psicopedagogo e um fonoaudiólogo. “A escola está oferecendo a cuidadora que ela precisa e a sala de recurso, só que a escola não abrange os especialistas. Ela precisa de uma escola especial”, contou a mãe.

Ela afirma que demora em efetivar o direito da criança tem interferido na aprendizagem e até no desenvolvimento da menina. “Faz muita falta porque o intelectual dela está muito atrasado. A fala dela, não completa as frases”, contou.

O Ministério Público interferiu no caso e recomendou que o município regularize o atendimento, além de apresentar um plano para retomada do atendimento desses estudantes e as ferramentas serão utilizadas pra isso. O prazo é de cinco dias úteis.

Para o promotor, não há dúvidas do prejuízo pras crianças, que estão tendo um direito constitucional e legal ferido. “Se nós temos uma deficiência neste quadro estrutural, há um prejuízo evidente para os alunos que têm esse tipo de deficiência”, contou o promotor regional da educação, Benedicto de Oliveira Guedes.

Enquanto isso o problema não é resolvido à esperança da Edenice é que a filha seja atendida em outra escola, promessa ainda não cumprida pelo município. “Me sinto sem chão, não sei para onde correr”, lamentou.

A Secretaria Municipal da Educação de Palmas disse que todas as providências serão tomadas para garantir e assegurar o atendimento especializado e que está dentro do prazo legal para responder a notificação do Ministério Público.

Ainda segundo o município, a direção da escola entrou em contato com a dona Edenice pedindo a documentação da filha para fazer a matrícula da menina na Escola Municipal Francisca Brandão, onde ela terá acompanhamento de especialistas.