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Curadas, vítimas de Ebola sofrem rejeição ao voltarem para casa

D9B3CA26FA4A2EDDF1FBAA2537567_h401_w598_m2_q90_cEPClJthYOs habitantes de Daru, em Serra Leoa, recebem informações sobre o vírus do Ebola do funcionário dos Médicos Sem Fronteiras que trouxe de volta as sobreviventes Dattu Lahai e sua filha de 2 anos. Muitos sobreviventes, como Lahai, foram recebidos com frieza e medo pela família e pelos vizinhos, que não entendem muito sobre o vírus, resultando em desconfiança e ostracismo social.

Moradores ajudam a retirar veículo dos Médicos Sem Fronteiras que trouxe Dattu Lahai e a filha de 2 anos, Rosalie, ambas sobreviventes do Ebola, para sua cidade natal, Daru, em Serra Leoa.

Na ‘zona do Ebola’, o mundo está dividido em três: os vivos, os mortos e aqueles presos entre os dois. Para quem teve a sorte de sobreviver, voltar para casa resulta no começo de outra batalha.

Dattu Lahai, que sobreviveu ao Ebola, reza no interior de sua pequena casa em Daru, depois de voltar de um centro de tratamento dos Médicos Sem Fronteiras, em Serra Leoa.

Quando voltam para casa, alguns sobreviventes são recebidos com carinho, abraços e danças, mas outros, como Lahai, são tratados com frieza. De acordo com profissionais da saúde, em alguns lugares os vizinhos fogem.

Dattu Lahai e a filha de 2 anos, Rosalie, ambas sobreviventes do Ebola, voltam de carro para sua cidade natal, Daru, depois do tratamento em um centro dos Médicos Sem Fronteiras em Serra Leoa.

Ninguém se mexeu para abraçá-las quando elas retornaram. Nenhuma das cerca de 30 pessoas saiu do lugar enquanto Lahai caminhou até o quarto que divide com o marido. Um largo espaço se formou ao redor da mulher de traços suaves de 26 anos e sua bebêenquanto ela se sentava num banco.

Dattu Lahai e a filha de 2 chegam a sua cidade natal, Daru, depois do tratamento em um centro dos Médicos Sem Fronteiras em Serra Leoa.

Mas os temores não estão confinados a Serra Leoa, o país com o número mais elevado de casos. Pessoas nos Estados Unidos foram contra a decisão de levar dois profissionais da saúde norte-americanos infectados ao Hospital Universitário Emory, em Atlanta, para serem tratados, temendo que a enfermidade se espalhasse ainda mais.

(MSN)