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Curso de jornalismo da UFT realiza debate sobre os desafios e avanços das mulheres no jornalismo

Pesquisa da Abraji já registrou 145 casos de violência de gênero no Brasil em 2023

O Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 8 de março e neste dia tão importante, o Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins (UFT) convidou os acadêmicos para uma roda de conversa com o tema: Mulheres no Jornalismo Desafios e Avanços. A Roda de Conversa foi organizada pelo curso de Jornalismo em parceria com o Centro Acadêmico, como parte da programação de recepção dos calouros deste semestre.

Para debater e refletir sobre a luta das mulheres por igualdade de direitos, a professora doutora do curso de Jornalismo da UFT, Ingrid Assis mediou o evento que contou com a participação da diretora financeira do Sindicato do Jornalistas do Tocantins (Sindjor-TO) e CEO da Precisa Assessoria de Comunicação, Graziela Guardiola; da jornalista e mestra em Comunicação e Sociedade, Elâine Jardim e da acadêmica de jornalismo, Wanda Citó.

Ao longo dos anos, as mulheres tiveram que enfrentar diversos desafios para conquistar espaço e reconhecimento em um ambiente predominantemente masculino. Dados divulgados pela Pesquisa Violência de Gênero no Jornalismo da Abraji mostram que já foram 145 ataques registrados a jornalistas no Brasil neste ano.

No entanto, as jornalistas foram quebrando barreiras e conquistando cada vez mais espaço na profissão. Hoje em dia, temos muitas mulheres renomadas e respeitadas, que atuam em diversas áreas, desde política até esportes.

Apesar dos avanços, a diretora do Sindjor e empresária, Graziela Guardiola, contou que ainda há muito a ser feito. “As mulheres ainda enfrentam desafios como o assédio moral e sexual, a desigualdade salarial e a falta de representatividade em cargos de chefia. Segundo dados da Abraji, 58% das jornalistas já sofreram assédio em ambiente de trabalho” afirmou.

Para a jornalista Elâine Jardim, as mulheres jornalistas devem continuar lutando por seus direitos e pela igualdade de oportunidades. “Denunciar é o caminho. Eu mesma já precisei fazer isso. Nós precisamos de uma rede de apoio consolidada para sempre nos fortalecer diante dessas situações”, contou.

A acadêmica Wanda Citó contou que um dos principais desafios das mulheres transgênero é ter profissionais para se inspirar. “As mulheres transgênero ainda não ocupam as redações e assessorias”, lamentou.

“Momentos como este ajudam a colocar luz sobre temas importantes de serem discutidos dentro das universidades. Teremos alunos muito mais preparados para combater a violência contra as jornalistas no futuro”, enfatizou a professora doutora do Curso de Jornalismo da UFT, Ingrid Assis.

As mulheres têm conquistado espaço e se destacado cada vez mais em sua profissão, mas ainda há um longo caminho a percorrer para que a igualdade de oportunidades seja uma realidade para todas. Todos os dias, é importante celebrar as conquistas e também refletir sobre os desafios que ainda precisam ser superados.

Fonte: Precisa Assessoria